Governo federal diz que Bolsonaro pode aglomerar, mas indígenas não

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

É tal a incoerência e a falta de coordenação interna do governo Bolsonaro que, num mesmo dia, o ministro da Saúde defende o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras contra a Covid-19, e a Advocacia-Geral da União pede ao Supremo Tribunal Federal que, por causa da doença, impeça a aglomeração de indígenas em Brasília.

“Se tudo continuar como está hoje, caindo o número de casos, pouca pressão sobre o sistema de internação hospitalar, é possível, em um curto espaço de tempo, se flexibilizar o uso de máscaras no ambiente (ao ar) livre. Já no ambiente fechado, preservamos o uso de máscaras”, disse Marcelo Queiroga, ministro da Saúde.

Há 5 mil indígenas acampados na cidade, à espera de que o Supremo julgue o chamado “marco temporal” que lhes dará, ou não, direito às terras onde vivem desde o descobrimento do Brasil. O julgamento começou ontem e não se sabe quando terminará. Enquanto esperam, eles fazem atos de protesto diários.

“É público e notório que a pandemia causada pela Covid-19 ainda inspira uma atitude geral de precaução, prevenção e cuidado. Isso decorre não apenas da decisão do plenário desse Supremo, como de justificativas técnico-científicas”, alegou a Advocacia-Geral da União para justificar a remoção dos indígenas.

Ela foi negada pelo ministro Luís Roberto Barroso: “Não está demonstrado qualquer risco ou interesse contraposto de ordem a autorizar que se restrinja o direito de expressão, reunião e associação de tais cidadãos. Ao contrário, parece ter havido grande cuidado e preocupação com as condições sanitárias do evento”.

Queiroga foi o único civil que, na solenidade pelo Dia do Soldado, bateu continência para Bolsonaro. Jamais o criticou por não usar máscara. Espera-se, em 7 de setembro, uma das maiores aglomerações da história de Brasília para manifestar apoio a Bolsonaro. A Advocacia-Geral da União nada tem a opor.

Metrópoles  

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