TSE cobra redes sociais para proibirem notícias falsas

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Foto: Lalo de Almeida/Folhapress

O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, reuniu-se hoje com representantes de plataformas digitais para acertar a implementação da decisão de suspender os repasses para canais bolsonaristas suspeitos de divulgar notícias falsas. No encontro, Salomão cobrou empenho das empresas para conter a propagação desse tipo de conteúdo.

A medida foi tomada na segunda-feira, no inquérito administrativo aberto para apurar os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro.

Participaram do encontro representantes do YouTube, Facebook, Instagram, Twitter e Twitch.TV.

Até agora, nenhuma rede social começou a implementar a medida.

Na reunião, o ministro afirmou que, enquanto durar a investigação, os recursos devem ser transferidos para uma conta judicial.

Segundo o Valor apurou, o corregedor cobrou mais proatividade das empresas, para não impulsionarem notícias falsas e discurso de ódio nas redes sociais.

Salomão apontou que as investigações da Justiça Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal (STF) têm demonstrado que há a atuação articulada de um grupo de pessoas nas redes sociais com o objetivo de divulgar notícias falsas e minar o Estado Democrático de Direito. Responsável por conduzir as investigações, a delegada da Polícia Federal (PF) Denise Dias Rosas Ribeiro, também participou da reunião.

Mais cedo, durante a sessão plenário, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, abordou o assunto e também fez um apelo para as plataformas digitais. “Dinheiro não é tudo na vida. É preciso cultivar valores que mantenham o tecido social com um mínimo de civilidade e urbanidade. Não há dinheiro que justifique uma suposta neutralidade, que na verdade é um proveito financeiro” disse.

Em sua fala, ele parabenizou Salomão pela decisão desta semana. “Nós precisamos pacificar Brasil contra o ódio. A democracia tem espaço para todos: liberais, conservadores, progressistas. Mas não tem espaço para a difusão de mentiras deliberadas e de ataque às instituições”, afirmou.

Na corte, é consenso que estrangular financeiramente esse tipo de organização que atua nas redes sócias é a melhor maneira para conter a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2022.

O assunto entrou no radar do presidente do TSE e, no tribunal, não se descarta a edição de uma resolução para barrar a monetização de canais utilizados para fins políticos durante a campanha do ano que vem.

Em nota, o YouTube se manifestou sobre encontro. “Reforçamos nosso compromisso de permanecer colaborando com o trabalho das autoridades no Brasil e de prosseguir investindo em políticas, recursos e produtos para proteger a comunidade do YouTube de conteúdo nocivo.”

Procurados, o Facebook e o Instagram afirmaram que não iriam se pronunciar porque o processo corre sob sigilo.

O Twitter e o Twitch.TV ainda não se manifestaram.

Valor Econômico 

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