FHC, Temer e Sarney não acreditam em impeachment

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Foto: Reprodução

Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Michel Temer (MDB) e José Sarney (MDB) descartaram ontem a possibilidade de ruptura democrática e o risco de um golpe de Estado dado pelo presidente Jair Bolsonaro. Em discursos alinhados, os três ex-presidentes deixaram de lado também a possibilidade de impeachment de Bolsonaro e defenderam o “diálogo” para pacificar as sucessivas crises políticas enfrentadas pelo país com o atual presidente.

O tom de pacificação de FHC, Temer e Sarney destoou das declarações feitas por Bolsonaro na semana passada, no 7 de setembro, quando o presidente fez ameaças à democracia, ao Supremo Tribunal Federal e disse que só sairá do cargo “preso ou morto”. Mas estava em sintonia com o pedido de “entendimento” redigido por Temer em uma carta, divulgada por Bolsonaro no dia 9, dois dias depois das declarações inflamadas.

Ao participarem de um debate sobre crise institucional e democracia, com a presença dos presidentes do PSDB, DEM, MDB e Cidadania e dos ex-ministros Nelson Jobim e Moreira Franco, os três ex-presidentes defenderam a resolução da crise por meio das conversas e das próximas eleições.

Fernando Henrique disse que a “situação é de relativa tranquilidade” apesar das declarações de Bolsonaro. “Os que viveram mais tempo temos experiência no passado. E sabemos que quando a situação está difícil, é muito diferente do que acontece hoje”, afirmou. O ex-presidente ponderou que a estabilidade política “nunca está garantida” e disse que é preciso que políticos influentes ajudem a reafirmar a “crença democrática”. “Agora não creio que [a estabilidade democrática] está a perigo neste momento. E não está a perigo porque o povo gostou de votar”, disse.

“Não há tanto risco à democracia. Disse ‘tanto’ de propósito, porque sempre necessário reavivar necessidade de conversar. Mesmo que um presidente não queria, não se importe, ele vai passar, como todos passam. A consciência nacional nos leva à necessidade do diálogo. É assim que vais e construindo a democracia”, reforçou o tucano.

Michel Temer, que foi chamado por Bolsonaro a Brasília para ajudá-lo a minimizar o embate com o STF, disse o país tem “aparentemente crises e mais crises, nos mais variados momentos”, mas minimizou o problema. “Basta que ajamos no sentido de pacificar o país e fazer o relacionamento adequado entre os Poderes, e darmos ao povo esta visão de que todos estamos trabalhando pela paz interna do país.”

Na mesma linha, Sarney defendeu a “pacificação”, a resolução dos problemas pelo “diálogo” e pregou a adoção do parlamentarismo como forma de o país superar as crises políticas.

Em nenhum momento os três ex-presidentes falaram sobre a possibilidade de um golpe de Bolsonaro. Nem mencionaram o impeachment do presidente.

O tema de um eventual afastamento de Bolsonaro também passou ao largo dos discursos do presidente do DEM, ACM Neto, do PSDB, Bruno Araújo, e do MDB, Baleia Rossi. Apenas o presidente do Cidadania, Roberto Freire, criticou de forma enfática o presidente e citou o impeachment. “Temos graves problemas e não são por disfuncionalidades das instituições. Temos um disfuncional na Presidência”, afirmou Freire.

Valor Econômico

 

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