Mundo jurídico se une contra golpismo de Bolsonaro
Foto: Dida Sampaio/Estadão
Dividido desde a fase mais aguda da Lava Jato, o mundo jurídico está alinhado em estado de alerta com a proximidade dos atos de 7 de setembro, que ganharam ares de golpismo por parte de apoiadores de Jair Bolsonaro. Ameaças de ruptura institucional são vistas com preocupação por líderes de entidades de classe da advocacia à magistratura brasileiras. Sob risco de que limites democráticos fiquem na iminência de serem extrapolados, forma-se um consenso que ecoa as palavras de Luiz Fux ditas ontem: não se pode ter tolerância com ataques.
“Acompanhamos com preocupação o cenário de ataques crescentes às instituições democráticas e esperamos que o exercício do direito de manifestação esteja alinhado ao respeito à Constituição e sirva para fortalecer a democracia, e não para fragilizá-la”, diz Ubiratan Cazetta, da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Eduardo André Brandão, da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), diz que a magistratura estará vigilante quanto a infrações que atentem à democracia. “Eu espero que as pessoas usem o direito de liberdade de manifestação previsto constitucionalmente, de forma pacífica, respeitosa e ordeira. Qualquer ato de violência ou intolerância não pode ser admitido e deve ser coibido com todo o rigor da lei.”
De Renata Gil, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB): “Apesar de a Constituição Federal garantir a livre manifestação do pensamento, atentados contra o Estado de Direito não serão tolerados pelas autoridades. A construção da democracia é um processo contínuo, que não pode sofrer retrocessos de qualquer natureza e que depende da firme atuação de todos os cidadãos brasileiros”.
“Estamos todos atentos, o país está atento. Sabemos do risco do momento. Será um dia terrível para a história do País se o 7 de Setembro se transformar em um desfile fascista”, diz Felipe Santa Cruz, do conselho nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“Bolsonaro não apagará a força do Grito dos Excluídos, para quem efetivamente o governo deveria trabalhar. Estaremos nas ruas para defender a democracia e as instituições. Não há clima para retrocessos democráticos”, diz Marco Aurélio de Carvalho, do grupo Prerrogativas.
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No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.
O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.
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