Bolsonaro diz que vai sair da Presidência “um dia”

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a determinação para o pagamento de R$ 90 bilhões em precatórios no ano que vem ocorreu de maneira proposital, para prejudicar a economia e tirá-lo da Presidência. Defendida pelo governo, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que adia os pagamentos de dívidas obrigatórias e abre espaço sob o teto de gastos para ampliar programas sociais no ano da eleição deve ser votada nesta quarta pela Câmara dos Deputados.

“Não tem como pagar esta dívida, é algo que vinha de dez anos e o pessoal faz estourar em cima da gente. O objetivo é te sufocar pela economia, os caras querem me tirar daqui de qualquer maneira. Não é que eu não quero sair, eu vou sair um dia, na hora certa”, afirmou o presidente em entrevista à rádio Jovem Pan.

“Nós trabalhamos onde buscar uma folga no teto quando, de repente, cai um meteoro na nossa cabeça. Este negócio dos precatórios é uma brincadeira, para ser educado aqui.”

Jair Bolsonaro — Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Bolsonaro voltou a defender a necessidade de extrapolar o teto de gastos para viabilizar uma ajuda mensal mínima de R$ 400 aos beneficiários do Bolsa Família. Segundo ele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, “tem coração” e por isso apoiou a medida, diante do cenário de alta inflação dos alimentos e outros produtos básicos.

“Nós temos que dar ajuda porque este pessoal [que recebe o Bolsa Família] não tem como arrumar emprego, não tem qualificação para arrumar emprego”, argumentou o presidente. “Agora é uma questão de consciência. Tenho certeza de que maioria do Senado e da Câmara… a Câmara já aprovou na comissão com ampla maioria de votos, espero que prossiga. É o Brasil, não sou eu. Eu vou embora um dia.”

Para Bolsonaro, diante de um “excesso de arrecadação” de R$ 300 bilhões em 2021, o governo quer usar 10% para ampliar programas sociais. Ainda sobre o novo Bolsa Família, que se chamará Auxílio Brasil, ele disse que foi orientado a elevar o valor do benefício a R$ 600 mensais, como defendido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para garantir sua reeleição, mas, por ter “responsabilidade”, não acatou a sugestão.

O presidente também reclamou do ritmo de outras pautas no Congresso, como a reforma administrativa e a sabatina do ex-ministro André Mendonça, seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Ninguém atendeu tão bem o legislativo como eu. Nunca barganhamos emendas”, alegou.

Questionado sobre seu futuro político, Bolsonaro voltou a dizer que ainda não decidiu se concorrerá à reeleição, embora tenha priorizado agendas em tom de campanha eleitoral nos últimos meses. A filiação a um novo partido ainda não está definida, mas a preferência é aderir ao PP ou PL, relatou. “Tenho interesse em ter uma bancada de [deputado] federal e indicar metade dos candidatos ao Senado”, admitiu, sobre as negociações.

Por fim, ele ainda justificou a sanção ao projeto que flexibilizou regras sobre improbidade administrativa, dificultando punição de agentes públicos. Segundo ele, havia excessos na lei. “Tudo é improbidade administrativa”, argumentou, citando casos de prefeitos que, segundo ele, são punidos por desconhecimento. Um eventual veto seria derrubado pelo Congresso, de acordo com Bolsonaro, e o projeto não significa acabar com a Lava-Jato e outras operações de combate à corrupção.

Valor Econômico  

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