Bolsonaro promete aprovação de Mendonça no Senado

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Foto: Reprodução/CNN

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que o ex-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) André Mendonça será “brevemente” o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Mendonça foi indicado por Bolsonaro há três meses para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. Mas a análise do nome do ex-chefe da AGU está emperrada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

“Se [a cidade de] Eldorado (SP) tem um presidente, se Deus quiser brevemente Miracatu terá um ministro do STF”, disse Bolsonaro ao discursar em evento para entrega de títulos de propriedades rurais ocorrido em Miracatu (SP) ontem de manhã.

“Dentro do meu compromisso, um evangélico para o STF”, disse.

Tossindo com frequência e sem usar máscara durante o evento em Miracatu, Bolsonaro voltou a atribuir a responsabilidade pela alta da inflação e deterioração do poder de compra da população aos governadores que aderiram ao isolamento social durante a pandemia da covid-19.

“Reclamam do preço do combustível, do preço do gás de cozinha, dos mantimentos, é verdade. Mas e a conta que o mundo está pagando da política covarde e criminosa que foi aquela do fique em casa, que a economia a gente vê depois?”. O isolamento social, adotado no Brasil por Estados e municípios, é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde, adotada em quase todos os países do mundo.

O presidente voltou a criticar a obrigatoriedade da vacinação, que não existe no Brasil.

“Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado do mundo todo que tenha tido a coragem de se insurgir contra essa política do fique em casa. Contra os fechamentos, contra ‘lockdown’, contra medidas restritivas e atualmente também contra a vacinação obrigatória”, afirmou. Com 601 mil mortos pela doença e 21 milhões de casos, o Brasil é o segundo do mundo em mortes e o terceiro em incidência do vírus.

Também ontem, em entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente Bolsonaro disse que decidiu não tomar vacina contra a covid-19.

“Eu decidi não tomar mais a vacina. A minha imunização está lá em cima. Para que vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa de você jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí”. Há um consenso de autoridades de saúde que pessoas que já tiveram a doença devem se vacinar. À emissora, Bolsonaro posicionou-se novamente contra o passaporte da vacina. “Exigir a vacina, eu não posso concordar. Para mim, liberdade acima de tudo”.

Como em seus últimos discursos, o presidente procurou se distanciar dos problemas econômicos durante o pronunciamento realizado em Miracatu. Ele atribuiu a crise a um fenômeno mundial e citou, mais uma vez, a elevação de 300% do preço do gás no Reino Unido.

“Reconhecemos o preço alto aqui [diante] do poder aquisitivo de vocês […] Mas primeiro vejam quanto o seu governador está cobrando de ICMS. O imposto federal cobrado pelo governo federal é um valor nominal e está inalterado desde janeiro de 2019, quando assumi o governo. Ao contrário do que é arrecadado pelos governadores e em especial o de São Paulo [João Doria, do PSDB], que amentou o ICMS do combustível em plena pandemia”.

O presidente afirmou que o julgamento do marco temporal pelo STF pode significar “o fim do agronegócio do Brasil”. Os ministros decidirão se as demarcações de terras indígenas seguirão ou não a tese do marco temporal defendida por ruralistas, segundo a qual os indígenas só teriam direito à terra se estivesse sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição.

“Isso [caso os ministros decidam contra o marco temporal] é o fim do agronegócio no Brasil. A certeza de que a economia nossa, em grande parte calcada no agronegócio, sofrerá um duro golpe”, disse Bolsonaro.

Valor Econômico

 

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