Promotor que protegeu Prevent Senior foi condenado por insultar Lula

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Foto: Reprodução

No último dia 24, o Ministério Público Estadual de São Paulo criou uma força-tarefa para investigar a conduta da rede de plano de saúde e hospitais Prevent Senior no enfrentamento à covid-19. No entanto, há um ano, o MP-SP arquivou uma apuração de indícios de má conduta da empresa, segundo revelou coluna do UOL.

Sobre a interrupção da investigação, o órgão informou que os procedimentos foram arquivados “de forma fundamentada” e “com base no que foi possível apurar à epoca”.

O caso veio à tona após médicos que trabalhavam com casos de covid-19 denunciarem o uso não autorizado de tratamentos ineficazes contra a covid-19 em pacientes, a ocultação de mortes em pesquisas sobre a hidroxicloroquina e a adulteração de atestados de óbito.

Há relatos ainda de que alguns pacientes foram medicados com esses remédios sem o consentimento. A empresa nega as acusações e se diz perseguida por ex-funcionários.

Um dossiê elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent Senior sugere que os atos da empresa, que passaram a ser investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, sejam decorrentes de um acordo entre os donos da empresa – os irmãos Eduardo e Fernando Parrillo – e o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Em março de 2020, o primeiro inquérito foi instaurado após uma inspeção epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde no Hospital Sancta Maggiore, da Prevent, encontrar indícios de subnotificação no número de casos de covid. Além disso, foram constatadas falhas ano isolamento de casos confirmados e a falta de testagem em profissionais de saúde com sintomas da doença.

A sugestão da administração municipal foi realizar uma intervenção temporária em três unidades da rede, até que a situação nos hospitais fosse regularizada.

Mas o promotor de Justiça Cássio Roberto Conserino – que ficara conhecido no passado por formalizar um pedido de prisão do ex-presidente Lula, negado pelo Judiciário – questionou o mérito do procedimento. Ao expor sua visão sobre a investigação, ele avaliou que a subnotificação da doença era uma “infração de menor poder ofensivo”.

“A ausência de notificação não gera a morte de alguém”, ele minimizou. Quatro dias depois, o inquérito foi arquivado.

Responsável pelo pedido original de investigação, a promotora Celeste Leite dos Santos solicitou ao Judiciário e à chefia do MP a revisão do arquivamento, tendo sido atendida em seu pedido.

Essa nova investigação se juntou a outro inquérito aberto pela promotora, também sobre a Prevent. Dessa vez, o objetivo era apurar as suspeitas de negligência na adoção de providências para barrar a disseminação de Covid nos hospitais, após uma enfermeira denunciar mortes de pacientes que teriam contraído a doença na unidade.

As investigações foram unificadas e previam a realização de uma série de diligências, como tomada de depoimento de familiares de vítimas da Covid-19 em unidades da Prevent, de funcionários dos hospitais, de representante do Conselho Federal de Enfermagem e até mesmo dos proprietários da rede, os irmão Fernando e Eduardo Parrillo.

O Ministério Público recebeu uma listagem de dados de centenas de vítimas do coronavírus que morreram nos hospitais da rede.

Sem ouvir testemunhas, esse inquérito também foi arquivado.

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