Candidato a presidente pelo Novo fala como se tivesse chance
Foto: Reprodução/ Internet
No lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo partido Novo, ontem, o cientista político Felipe d’Avila prometeu privatizar a Petrobras em seu primeiro dia de governo, caso seja eleito.
A estatal brasileira de petróleo, argumentou d’Avila, virou fonte de corrupção por populistas de esquerda e de “manipulação de preços” por populistas de direita.
“Vamos vender a Petrobras no primeiro dia [de governo], é um absurdo ter uma empresa que vem sendo usada como fonte de corrupção pelo populismo de esquerda e fonte de manipulação de preço pelo populismo de direita, e faz com que todos nós percamos”, disse.
“Não adianta culpar governos estaduais, ICMS, pelo aumento de preço. Isso é culpa da incompetência de um governo que não fez as reformas e não privatizou nenhuma empresa”, completou d’Avila, em evento junto a correligionários, em Brasília.
Embora tenha citado nas últimas semanas a possibilidade de estudar a privatização da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro não avançou com a medida.
A viabilidade da venda da estatal no atual governo é vista com desconfiança.
Em seu discurso, o pré-candidato do Novo defendeu igualdade de oportunidades, de gêneros e raça, exaltou a necessidade de valorizar a agenda ambiental.
Afirmou ainda que somente o liberalismo poderá garantir abertura de mercado para gerar riqueza ao país.
“O bom debate, o diálogo, está praticamente interditado por causada da polarização”, acrescentou.
“O populismo de direita e de esquerda apenas vão perpetuar o populismo, portanto, a miséria, pobreza, corrupção e mau funcionamento das instituições democráticas.”
O pré-candidato do Novo criticou ainda medidas adotadas recentemente por Bolsonaro que ampliam gastos públicos, em desrespeito a regras fiscais. Defendeu também que é preciso “trazer o mercado para a sala” porque ele é “parte da solução de muitos problemas”.
Fundado em 2011 e registrado em 2015, o Novo disputou sua primeira eleição presidencial em 2018, com João Amoêdo. Ele ficou em quinto, com 2,5% dos votos válidos. Em Minas, o partido elegeu Romeu Zema governador. Em 2020, conseguiu eleger apenas um prefeito no país.
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