Policiais federais cobram promessas não cumpridas por Bolsonaro

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Foto: Reprodução

Nesta terça-feira, 16, data em que é celebrado o dia do Policial Federal, Associações que representam integrantes da corporação fazem protestos e cobram a ‘valorização’ prometida pelo governo Jair Bolsonaro. Os policiais alegam ‘não terem motivos’ para celebrar, dizendo que ‘perderam direitos’ e não têm ‘reconhecimento de seu trabalho’.

A exposição do descontentamento dos integrantes da PF com o governo federal não é novidade – em abril eles já haviam declarado que ‘se sentiam abandonados’ diante de ‘reformas que injustamente lhes retiram direitos e ameaçam a continuidade da PF como órgão forte e capaz de executar suas funções constitucionais’.

No texto divulgado nesta terça-feira, 16, os integrantes da PF dizem estar agora ‘em permanente mobilização’. “Uma Polícia Federal forte se faz com valorização dos seus servidores. Não queremos comemoração. Queremos valorização e respeito!”, afirmam.

A nota conjunta é assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e o Sindicato dos Delegados de Polícia Federal (Sindepol).

Figura importante do discurso eleitoral de Bolsonaro que o alçou ao Palácio do Planalto, a PF teve sua imagem estremecida em meio às denúncias de interferência política do presidente na corporação – assunto que ainda é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal.

Em meio à mobilização dos integrantes da PF, também nesta terça-feira, 16, o presidente Jair Bolsonaro disse que vai dar reajuste em ano eleitoral a todos os servidores públicos federais caso o Senado aprove a PEC dos precatórios.

O texto que abre espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022 ao adiar o pagamento de dívidas judiciais e mudar a correção do teto de gastos é criticado pela oposição, inclusive sendo alvo de questionamento no Supremo Tribunal Federal.

Em outro aceno ao funcionalismo, Bolsonaro disse que a reforma administrativa “não atingirá os atuais servidores”. Bolsonaro afirmou que só realizará os concursos públicos essenciais. Dessa forma estamos mostrando responsabilidade”, afirmou.

Leia a íntegra da nota dos integrantes da PF

Na data de hoje, 16 de novembro, se comemora o dia do Policial Federal. Dia do profissional que fez da Polícia Federal uma das instituições mais respeitadas da República. Entretanto, os policiais não têm motivos para comemoração. Nos últimos anos, perderam direitos, tiveram salários reduzidos, continuam adoecendo acima da média da população sem assistência médica adequada e sofreram com congelamentos de investimento no servidor. Além disso, ao viajarem a serviço, pagam para trabalhar e sua dedicação integral por meio dos sobreavisos continua sem reconhecimento.

No ano passado, no mesmo dia 16 de novembro, o então Ministro da Justiça e Segurança Pública, em nome do Presidente da República, prometeu valorização e reconhecimento do trabalho prestado pelo policial federal. Um ano depois, nada de concreto foi efetivado. Por isso, hoje ocorrem protestos em todas as unidades da Polícia Federal pelo país. Os integrantes da instituição estão a partir de agora em permanente mobilização. Uma Polícia Federal forte se faz com valorização dos seus servidores. Não queremos comemoração. Queremos valorização e respeito!

Brasília, 16 de novembro de 2021

Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal – ADPF

Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais – APCF

Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal – Fenadepol

Federação Nacional dos Policiais Federais – Fenapef

Sindicato dos Delegados de Polícia Federal – Sindepol

Estadão 

Assinatura
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No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.

O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.

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