Senado argentino terá maioria de direita

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Foto: Tomas Cuesta/Getty Images

O presidente Alberto Fernández da Argentina sofreu uma derrota histórica nas eleições legislativas realizadas no domingo 14. A coalizão governista perdeu o controle do Senado e pela primeira vez em quase 40 anos a liderança peronista precisará de aliados para aprovar projetos no Legislativo.

A principal coalizão de oposição, chamada de Juntos pela Mudança, venceu a votação na província de Buenos Aires, o maior colégio eleitoral do país. Também ganhou em Santa Fé, Córdoba e na cidade de Buenos Aires, outros distritos com importante peso eleitoral.

“Milhões de argentinos em todo o país disseram chega e derrotaram a tristeza, a frustração, a dor, a raiva”, afirmou María Eugenia Vidal, líder da Juntos pela Mudança na cidade de Buenos Aires e que passará a ocupar um lugar no Congresso após governar a província que tem o mesmo nome da capital entre 2015 e 2019.

Nessas eleições, mais de 34 milhões de pessoas estavam aptas a votar para renovar metade das cadeiras na Câmara dos Deputados (que não tinha nenhum partido no controle da maioria) e um terço das cadeiras no Senado (dominado até então pela coligação governista, a Frente de Todos). A participação eleitoral foi de 71%, o menor percentual desde o retorno da democracia.

Apesar dos resultados, Fernández comemorou o desempenho de seu partido. O presidente convocou um ato para os próximos dias na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, para “celebrar o triunfo”.

A derrota peronista, porém, é vista como um prelúdio do que pode acontecer nas eleições presidenciais de 2023. O governo sofre queda de popularidade diante das altas taxas de desemprego e outras dificuldades que acompanharam uma queda de 10% na economia argentina no ano passado, junto com a contínua alta da inflação.

Esta será a primeira vez, desde a volta da democracia na Argentina em 1983, que um presidente peronista precisará de aliados no Legislativo para conseguir aprovar leis.

Diante dos resultados, o ex-presidente Mauricio Macri destacou que a Argentina está enfrentando o “fim de uma era” e de uma “cultura obscura e perversa de poder” que poderia terminar, definitivamente, nas eleições presidenciais de 2023.

“Temos uma transição até 2023 que temos que acompanhar e administrar juntos, porque estamos diante de um governo que não tem nenhum plano e nenhuma direção”, declarou o ex-presidente e líder da Juntos pela Mudança ao canal de televisão “TN”, acrescentando que a oposição ganha uma “nova oportunidade”.

“Não podemos perder esta nova oportunidade repetindo os mesmos erros do passado. O que precisamos é de um conjunto de líderes maduros e responsáveis que entendam a complexidade do que significa construir a sociedade que queremos”, complementou.

A cidade de Buenos Aires, principal baluarte da oposição ao peronismo, é governada desde 2015 por Horacio Rodríguez Larreta, um dos principais líderes da Juntos pela Mudança e um potencial candidato nas eleições presidenciais de 2023. “Este resultado é um reconhecimento da transformação que temos feito juntos há muitos anos na cidade e que Mauricio (Macri) começou”, disse o chefe do governo de Buenos Aires e principal articulador da campanha de María Eugenia Vidal no diretório central da coalizão opositora.

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