Superinteressante apaga capa com fake news sobre vacinas

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Foto: Reprodução

Quem consulta o acervo da revista Superinteressante percebe um salto entre os meses de janeiro e março de 2001. A edição de fevereiro daquele ano não está mais acessível para consultas. A publicação da editora Abril trazia como assunto principal naquele mês questionamentos sobre a eficácia das vacinas.

A capa exibia um bebê com uma venda nos olhos recebendo uma vacina em gotas na boca. Abaixo, o título: “Vacinas: a cura ou a doença?”. E o subtítulo sensacionalista: “A vacinação, ferramenta básica de saúde pública, enfrenta no mundo inteiro uma onda crescente de críticas e desconfianças. A questão: será que as vacinas fazem mais mal do que bem?”

O atual diretor de redação da revista, Alexandre Versignassi, responde sobre as dúvidas levantadas na matéria de 2001: “Nada se provou”. Ou seja, as dúvidas levantadas naquela época não se comprovaram. Por este motivo, numa conversa com a administração da Abril, o jornalista achou prudente excluir provisoriamente a edição do acervo. “Num período de pandemia e de vacinação, poderia ser um desserviço”, diz.

Versignassi ressalta uma questão importante: “Não é apagar a história. É uma questão de saúde pública”. E acrescenta: “A gente tirou e num segundo momento vamos colocar de volta”.

Adriano Silva, que dirigiu a Superinteressante no começo dos anos 2000, diz que a capa sobre vacinas, publicada em fevereiro de 2001, deve ser entendida no contexto da reforma editorial que ele promoveu na publicação. “A revista era muito reverente ao cânone oficial da ciência. Resolvemos ampliar”, diz.

É desta fase uma outra capa suspensa do acervo. Publicada em dezembro de 2000, perguntava: “Aids: o HIV é inocente?”. E trazia uma entrevista com o biólogo e químico Peter Duesberg, que defendia a tese de que a Aids não era causada pelo vírus HIV.

Em dezembro de 2013, revista publicou na versão online um “esclarecimento”, antes do início da entrevista, alertando o leitor que “as teses de Duesberg caíram em descrédito e hoje temos muita clareza de que não deveríamos ter dado espaço a elas”.

Uol

 

 

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