Barroso comemora fim dos ataques ao sistema eleitoral

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Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 23.nov.2017

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, apresentou ontem o novo modelo das urnas eletrônicas e voltou a afirmar que as críticas ao sistema de votação – encabeçadas principalmente pelo presidente Jair Bolsonaro – arrefeceram.

“Não temos controle sobre o imaginário das pessoas. Tem gente que acha que o homem não chegou à lua”, disse em uma coletiva de imprensa em Manaus, depois de visitar a fábrica que começou a produzir parte dos equipamentos que será usada nas eleições do ao que vem.

Para o ministro, porém, “esse assunto foi enterrado”. “Os críticos mais ferrenhos diminuíram o tom”, afirmou Barroso.

Em sua fala, o presidente do TSE reconheceu os problemas com os ataques cibernéticos, mas disse que a Justiça Eleitoral tem trabalhado para tornar o sistema mais seguro. “Isso se tornou um problema relevante nos últimos dois ou três anos. Tudo é vulnerável no mundo em rede.”

Ele assinalou que um dos principais pontos que torna a urna eletrônica segura é não ter conexão com qualquer rede, o que inviabiliza ataques hackers. Também voltou a defender que partidos e entidades se apresentem para a inspeção dos códigos-fontes do sistema.

As novas urnas estão sendo produzidas pelo Grupo Positivo, empresa que ganhou a licitação. Ao todo, serão fabricados 225 mil novos equipamentos, de um total de 577 mil que serão usados no pleito de 2022. Segundo o TSE, elas são “mais modernas, seguras e com mais requisitos de acessibilidade”.

Entre as novidades, está uma mudança no formato do teclado, a expectativa de uma maior duração da bateria e a possibilidade do uso de um pen-drive para a coleta dos dados, o que vai trazer maior flexibilidade logística para os Tribunais Regionais Eleitoria (TREs) na geração de mídias.

O sistema eletrônico de votação começou a ser usado no Brasil em 1996. Passados 25 anos, aliados de Bolsonaro tentaram aprovar a adoção do voto impresso, mas o projeto não prosperou no Congresso. O presidente também está sendo investigado, no TSE e no Supremo Tribunal Federal (STF), por propagar “fake news” e levantar suspeitas infundadas contra as urnas.

Os inquéritos foram abertos após Bolsonaro fazer uma “live”, em julho, para apresentar supostas provas de que as eleições de 2018, na qual foi eleito presidente, foram fraudadas. Durante a apresentação, que foi reproduzida inclusive pela EBC, emissora pública de televisão, ele apresentou uma série de notícias inverídicas e vídeos que já foram desmentidos diversas vezes por órgãos oficiais.

Em outubro, em mais uma ofensiva contra a disseminação de notícias falsas contra as urnas, o TSE decidiu cassar o mandato de um aliado de Bolsonaro, o então deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR), eleito em 2018.

O político foi condenado por ter afirmado, em uma live no dia do primeiro turno das eleições, que havia notícias de que as urnas estavam sendo adulteradas para que os eleitores não pudessem votar em Bolsonaro. A expectativa é que a decisão sirva de alerta para 2022, para mostrar que a Justiça Eleitoral não vai tolerar a propagação de “fake news” contra as urnas.

Valor Econômico

 

 

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