Sugestão para Lula se aliar a Alckmin é de Haddad

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Foto: Alberto Carlos Almeida

Fernando Haddad confirmou que foi ele quem sugeriu ao ex-presidente Lula a aproximação com o ex-rival político Geraldo Alckmin visando uma aliança para a chapa petista para as eleições presidenciais de 2022. Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta terça-feira (28), o ex-prefeito de São Paulo justificou a sugestão por conta do que ele classifica como um erro no segundo turno de 2018, onde a onda contra o PT e a ausência de diálogo com a direita ajudaram na chegada de Jair Bolsonaro à presidência, em sua visão.

“Eu falei: ‘Presidente, vamos começar a eleição pelo segundo turno’. O que quer dizer? Se eu tivesse tido o apoio do PSDB e do PDT no segundo turno de 18, esse desastre que está acontecendo no Brasil, com a eleição de uma pessoa completamente despreparada para governar o país, não estaria acontecendo. Então, eu vivi na pele o é um segundo turno mal arrumado. O PSDB e o PDT não podiam ter feito o que fizeram sabendo quem era o Bolsonaro”, defendeu o petista no Jornal Gente, que faz série de entrevistas com pré-candidatos ao governo de São Paulo. Ele criticou o apoio das legendas no âmbito estadual da disputa à época.

Haddad revelou que Lula conversou com outras lideranças políticas como Tasso Jereissati e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) e acredita que a rejeição ao Partido dos Trabalhadores está “revertida”, justificando esse ponto citando a liderança em pesquisas eleitorais recentes de pré-candidatos petistas em colégios eleitorais importantes, como São Paulo (com ele próprio), Rio Grande do Sul e Pernambuco, além do próprio Lula em âmbito nacional. Ele ainda criticou a ação do ex-juiz Sergio Moro antes do pleito em 2018.

“O Moro agora tirou a toga, né? Tirou a toga e veio para disputa. E agora ele vai ter que prestar contas do que ele fez”, afirmou.

Haddad negou que haja movimentos para aglutinar uma candidatura de esquerda para o governo de São Paulo, onde Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB) surgem como pré-candidatos e dividem a preferência do eleitorado. Para ele, uma aliança tem que partir das legendas e dos candidatos, e não do PT. Ele ainda negou que Alckmin esteja atuando nos bastidores para que França desista de concorrer.

O ex-prefeito da capital paulista criticou a condução do governo tucano na questão do subsídio municipal que está relacionado ao aumento do valor da tarifa do ônibus, que depende de projetos em tramitação no Congresso para não subir acima dos R$ 5.

“Agora do jeito que a coisa está indo o aumento do diesel e fim dos subsídios que é o que está promovendo aí a prefeitura de São Paulo, desde o Doria, começou a cortar os benefícios vai ficando insustentável”, criticou Haddad, que defende a municipalização de uma fatia da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que é federal, para dar autonomia aos prefeitos ampliarem os subsídios e favorecer as pessoas mais carentes.

Sobre segurança pública, Haddad avalia que crimes mais graves como homicídio, latrocínio e estupro estão sendo combatidos na mesma proporção que pequenos delitos, criando uma superpopulação carcerária, citando o caso recente do ministro do STF Nunes Marques, que manteve a condenação de uma mulher que furtou chocolate em Minas Gerais.

O ex-ministro ainda voltou a criticar a gestão de João Doria à frente do governo estadual, dizendo que ele “desmontou” parte da Polícia Civil.

“Traga aqui qualquer delegado, qualquer investigador para falar a verdade do que está acontecendo com a Polícia Civil. Desmontar o setor de inteligência da Polícia Civil, não repõem pessoal, e hoje você tem o que? Os crimes que afetam diretamente a vida e afetam a dignidade da pessoa humana, eu estou falando de homicídio, de latrocínio, de estupro, de assalto à mão armada, esses crimes não estão sendo combatidos, combatidos na mesma proporção que os delitos miúdos, que estão criando uma superpopulação carcerária no estado de São Paulo”, disse.

Em relação à educação, Haddad defende a ampliação do modelo do Instituto Federal de São Paulo para todo o estado, que alia o ensino médio ao técnico e profissional, inclusive com a adesão do chamado “Sistema S”, como o Senai e o Senac, para aumentar a oferta de vagas.

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