PSDB, PL e Podemos podem apoiar Zema em MG

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Foto: Marcos Corrêa/PR

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), rendeu-se aos moldes da política tradicional para tentar se reeleger em 2022. Diferentemente do que foi feito em 2018, o pré-candidato vai recorrer a alianças com outros partidos, em busca de mais tempo de televisão e apoio para aprovar mais projetos na Assembleia Legislativa em um eventual segundo mandato.

A lista de partidos em conversas com o Novo inclui PSDB, Avante, Podemos, PL, PP, PSC e Solidariedade – legendas que já apoiam a atual gestão do governador. “São três anos colocando ordem na casa e com adesão maciça de grupos políticos que querem junto conosco recolocar Minas nos trilhos. São nossos parceiros de caminhada”, afirmou o Diretório Nacional do Novo em Minas Gerais, sobre a união com outras legendas.

“Após três anos de mandato, ficou claro que as alianças com outras legendas é fundamental para governar. A relação do Zema com a Assembleia foi tumultuada na primeira gestão”, disse o cientista político e professor da UFMG Carlos Ranulfo.

A disputa em Minas Gerais está polarizada entre Zema e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Pesquisa do Datatempo feita entre 26 de novembro e 1º de dezembro, com 1.404 pessoas, indicava preferência do eleitor por Zema, com 45,7% das intenções de voto, seguido por Alexandre Kalil, com 22,9%. Considerando os votos válidos, Zema poderia se eleger no primeiro turno, com 56,9% do total, contra 28,4% de Kalil.

Recentemente, o cenário ficou menos favorável para Kalil. O prefeito tinha apoio de parte do MDB, mas o partido anunciou a pré-candidatura do senador Carlos Viana para concorrer no Estado.

O prefeito de Belo Horizonte pode perder o apoio do PDT. Na semana passada, o partido anunciou que pode lançar a vereadora Duda Salabert ao governo de Minas Gerais, caso seja firmada uma aliança entre Kalil e o PT. O objetivo é garantir palanque para Ciro Gomes em Minas na disputa à Presidência. O PSD tem apoio em Minas do DEM e do PV.

No momento, a grande questão é se o prefeito Kalil vai apoiar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma aliança com Lula pode atrair votos novos para Kalil, na avaliação dos analistas políticos. O mesmo não acontece no caso da aliança com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e pré-candidato pelo PSD. “Kalil pode crescer na campanha com Lula. Já o Zema não depende de nenhum candidato a presidente”, disse Ranulfo.

Em 2018, o Novo concorreu sem alianças. Zema venceu a disputa no momento em que eleitores estavam insatisfeitos com a política tradicional e buscavam figuras novas. A imagem de empresário bem sucedido, aliado ao apoio a Jair Bolsonaro, garantiram a vitória sobre Antonio Anastasia (PSDB), com 71,8% dos votos válidos.

Em 2022, o cenário é outro. Zema não é novidade, mas tem aprovação de 60,1%, segundo pesquisa do jornal “O Tempo”. Como em 2018, o Novo deve ter candidato a presidente, tendo anunciado como pré-candidato Luiz Feliz D’Ávila. Mas por ser um nome com pouca expressão nacional, Zema poderia apoiar o correligionário e conviver com partidos que apoiam outros candidatos.

“O desafio para 2022 é descolar a imagem do Bolsonaro. Se Zema apoiá-lo, perderá a vantagem em relação ao Kalil, devido à alta rejeição de Bolsonaro”, disse o doutor em Ciência Política e professor da PUC Minas Malco Camargos. Nos últimos meses, Zema tem buscado afastar sua imagem de Bolsonaro.

Camargos observou que a perspectiva do governo de encerrar o primeiro mandato com déficit de R$ 11,7 bilhões, maior que o déficit deixado pelo ex-governador Fernando Pimentel (PT), de R$ 11,2 bilhões, não interfere na avaliação do governador. “O déficit orçamentário é algo que os analistas políticos e economistas olham, mas não tem grande peso para a maioria dos eleitores”, disse. Medidas como a regularização do pagamento dos salários dos servidores públicos e a renegociação de dívidas com os municípios têm impacto mais relevante na avaliação do governo. “Zema tem o mérito de colocar a casa em ordem. Mas do ponto de vista nacional tem um candidato a presidente inexpressivo e pode se complicar se decidir apoiar Bolsonaro”, concordou Ranulfo.

Valor Econômico

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