Simone Tebet descarta aliança com Doria

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Foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo

A senadora e pré-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB-MS) agradeceu às declarações do também senador José Aníbal (PSDB-SP) que, em entrevista ao GLOBO, defendeu a candidatura da colega como a mais viável no campo do centro. Apesar disso, diz Tebet, “não pode haver” nenhuma conversa com o governador paulista, João Doria (PSDB), também pré-candidato à Presidência, para uma chapa conjunta.

Com pontuação de 3% nas pesquisas de intenção de voto, Doria enfrenta dissidências no PSDB e tem visto quadros importantes do partido declararam apoio a Tebet, que tem hoje 1% nas sondagens. Ao GLOBO, Aníbal afirmou que Doria tem alto grau de rejeição e que a senadora pode representar algo novo. A entrevista gerou repercussão no PSDB.

Líder do partido no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF) diz que as opiniões de Aníbal são uma “posição isolada”. Segundo ele, Tebet seria “um ótimo nome” para vice de Doria.

— O objetivo final das prévias foi justamente o de unir o partido. Não é possível agora mudar a vontade da maioria na base do tapetão, principalmente depois de um longo processo de consulta às bases — afirmou Izalci.

Já Tebet falou sobre o assunto durante visita à favela de Paraisópolis, na zona Sul de São Paulo, a maior da capital paulista, acompanhada do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Antes, nesta semana, Tebet havia visitado o ex-presidente Michel Temer.

— Não há e nem pode (haver conversas para uma aliança com Doria), por respeito ao governador e por respeito a mim. Tenho respeito pelo governador João Doria, converso com ele, temos amizade, mas entendo que este é o momento de o centro democrático mostrar a sua cara e não podemos ter uma única — afirmou Tebet.

A senadora e o prefeito comemoraram a declaração de apoio do senador José Aníbal (PSDB-SP) à emedebista, feita em entrevista ao GLOBO.

— Nossa candidatura é de centro, tem o apoio interno crescente no partido e começa a ter o apoio de lideranças da grandeza de Tasso Jereissati e José Aníbal. Não é porque são do PSDB, um grande partido nacional, mas principalmente pela essência da qualidade desses homens, pela experiência e pelo que eles podem servir. Isso mostra que nós estamos no caminho certo, o de unir o Brasil em um centro democrático e dizer basta, o Brasil não quer voltar ao passado (Lula) e muito menos ficar no presente que está aí (Bolsonaro) — disse a senadora.

— Fico muito feliz com o Zé Anibal, com a manifestação dele (de apoio a Tebet), muito bacana. A gente não deseja que o PSDB tenha qualquer problema, a gente respeita o partido — comentou Nunes.

A pré-candidata disse que é hora de outros pré-candidatos à terceira via rodarem o país e que só cabe discutir uma aliança no futuro.

— Lá na frente o centro democrático vai conversar e decidir o caminho, mas a minha candidatura é para valer e vai até o final — disse, sem precisar datas.

Ao ser questionada sobre o histórico do MDB de rifar pré-candidatos presidenciais, a senadora disse que tem apoio majoritário no partido.

— Minha responsabilidade é mostrar que a minha candidatura é viável, eu não tenho de cobrar nada do partido agora: 20 dos 27 diretórios estaduais fizeram uma carta declarando apoio a mim — disse.

Em clima de campanha, a senadora e Nunes visitaram uma creche que atende a 1.000 crianças em Paraisópolis e é administrada pelo Instituto Anglicano. Durante a visita, a senadora ensaiou até uma promessa: disse que quer uma creche semelhante em cada capital do país.

Nunes havia prometido em entrevistas no ano passado não se envolver em agendas eleitorais, mas afirmou que será cabo eleitoral de Tebet neste ano.

— Fui um dos primeiros do partido em falar no nome da senadora Simone Tebet. Ela foi construída dentro do partido, cada diretório foi falando do nome dela. Minha candidata evidentemente é a Simone e tenho muita esperança de que ela vai ser nossa presidente — disse.

Nunes e a senadora visitaram ainda as obras feitas pela prefeitura paulista para urbanizar o córrego Antonico em meio a uma enchente. O local alaga em épocas de chuva e, neste mês, cinco casas já desabaram. A gestão de Nunes vai retirar cerca de 1.500 famílias da região.

O Globo 

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