Lula e Alckmin querem evitar salto alto

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Foto: Reprodução

Em seu terceiro encontro desde o ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin demonstraram sintonia e disposição para caminharem juntos na corrida presidencial deste ano. A eventual dobradinha na disputa pelo Palácio do Planalto está “99% concretizada”, segundo relatos de participantes de um jantar em que eles se reuniram na sexta-feira na casa do ex-prefeito Fernando Haddad.

Líder nas pesquisas de intenção de voto à Presidência da República, Lula reforçou que a composição com o ex-tucano tem potencial para atrair uma parcela do eleitorado de centro e de centro-direita, que resistiriam a embarcar em uma chapa composta apenas por políticos associados a partidos de esquerda.

Ainda que as conversas estejam praticamente finalizadas, a expectativa é que a confirmação da dobradinha ocorra apenas em março, quando o ex-governador de São Paulo também decidirá sobre o seu futuro político.

Segundo apurou o Valor, uma das apostas de Lula é que a janela partidária possibilite a migração de parlamentares para o novo partido de Alckmin. Por isso, a decisão não pode ocorrer apenas em abril.

Para o ex-presidente, é fundamental que o PT e seus aliados consigam ampliar o número de cadeiras na Câmara e no Senado para garantir governabilidade caso ele seja vitorioso nas urnas em outubro.

Sem partido desde que deixou o PSDB, Alckmin estaria a um passo de se filiar ao PSB, mas uma eventual entrada no PV ou no Solidariedade não está totalmente descartada.

Dificuldades na concretização de uma possível federação do PT com o PSB contribuem para que o ex-tucano opere em compasso de espera e adie a decisão.

“Negociações sobre o partido de Alckmin devem caminhar para o fim até a última semana de fevereiro. O objetivo é chegar em março com a definição para que eles possam oficializar a chapa Lula-Alckmin até o início da segunda quinzena do mês que vem”, disse um dirigente petista ao Valor.

“A decisão pode ampliar bancadas de aliados e aumentar as chances de emplacarmos mais candidaturas competitivas à Câmara e ao Senado, o que é crucial para Lula ter governabilidade caso seja eleito”.

Com entraves estaduais, principalmente em São Paulo, a possibilidade de uma união entre as duas siglas apenas na corrida nacional e em algumas regiões, sem um “casamento formal” pelos próximos quatro anos, está ganhando força dentro da sigla comandada por Gleisi Hoffmann.

Esse cenário estaria deixando o ex-governador mais confortável com a possibilidade de passar a figurar entre os quadros do PSB, “a sua primeira opção”, segundo interlocutores.

Um grupo minoritário do PT ainda trabalha com a alternativa de o ex-tucano se filiar ao PSD, o que poderia culminar no embarque do partido liderado por Gilberto Kassab na candidatura de Lula já no primeiro turno.

Uma nova ofensiva, porém, é considerada remota, em função do respeito e amizade que o ex-presidente tem com o dirigente do PSD.

“Lula não quer se indispor com Kassab, que quer ter uma candidatura própria no primeiro turno, mas já assegurou apoio em um eventual segundo turno contra Bolsonaro ou Moro”, avaliou um aliado do petista. “Eles têm uma relação de anos, que não pode ser abalada por uma ofensiva para construir uma frente ampla maior do que já será”, completou.

No encontro de sexta-feira, tanto Lula quanto Alckmin destacaram a importância de evitar “um clima de já ganhou”, em função dos números apontados pelas pesquisas de intenção de voto.

Ambos estão alinhados com a ideia de que não se pode menosprezar o presidente Jair Bolsonaro, que aparece na segunda posição em todos os levantamentos recentes.

“Eles pontuaram que Bolsonaro não pode ser encarado como um candidato fraco, já que tem a máquina ao seu lado e conta com um apoio irreversível da fatia mais radical do eleitorado. Não se pode cair no erro do salto alto. É humildade até a reta final”, relatou um participante do jantar.

Valor Econômico  

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