Patinando nas pesquisas, Moro não tem nem partido definido

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Foto: Imagem Valor Econômico

Lideranças do Podemos já consideram questão posta a possibilidade de o pré-candidato a presidente Sergio Moro migrar para o União Brasil, legenda formada pela unificação de PSL e DEM em uma mesma sigla, e que já teve pedido de registro de estatuto e de programa partidário aprovado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira.

Procurado por intermédio de sua assessoria de imprensa e indagado sobre sua possível transferência partidária, Moro disse que “a informação não procede”. O presidenciável afirmou também que “embora respeite muito o União Brasil, as alianças com outros partidos políticos estão sendo discutidas a partir do Podemos”.

Procurada por telefone, a presidente do Podemos, Renata Abreu, não retornou à reportagem. O Podemos afirmou, em nota, que “não existe qualquer negociação do Podemos para mudança de partido do presidenciável”.

Ao menos metade da bancada federal do Podemos é favorável à migração partidária de Moro, reconhecem, sob reserva, integrantes da sigla. A questão parece ser mais pragmática do que ideológica. A campanha presidencial do ex-juiz Moro tem estimativa de custo entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Mas ocorre que o Podemos contará com pouco mais de R$ 197 milhões de fundo eleitoral, o que significa que mais da metade desse recurso deverá ser exclusivamente destinado ao custeio da campanha de Moro. Nessa hipótese, a eleição da bancada do Podemos teria de ser financiada com o que restasse da verba pública.

A direção nacional da sigla espera ao menos dobrar a atual bancada de 11 deputados, para ter acesso à fatia maior do fundo eleitoral.

Para além da questão prática, há no Podemos parlamentares que receberam com pouco entusiasmo a candidatura do ex-juiz titular da Operação Lava-Jato de Curitiba. A hipótese de Moro se filiar ao União Brasil resolveria a questão orçamentária e pacificaria o segmento insatisfeito dentro da legenda.

“A gente está em vias agora de amadurecer essas questões, e obviamente havendo ali a sequência de entendimento do Podemos com relação a isso e essa pacificação dentro do União Brasil, eu particularmente entendo que seria a melhor solução para o partido. É uma equação que atenderia a todos”, afirma o deputado federal Junior Bozzela (PSL-SP).

No União Brasil, o entrave para que o partido receba a candidatura de Moro reside em alas do DEM em razão de acertos regionais para formação de palanques. Na Bahia, por exemplo, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, já deixou claro que não quer se vincular ao ex-juiz e tende a apoiar a provável candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República – o petista é bem avaliado no Nordeste e tem recall dos períodos em que ocupou a Presidência, apontam pesquisas de intenção de voto. Já em Goiás o senador fora do exercício Ronaldo Caiado será uma importante liderança regional do União Brasil. Caberá a ele, que é pré-candidato a governador, a tomada de decisões na montagem de chapas. Caiado também tende a apoiar o presidente Jair Bolsonaro em sua provável candidatura à reeleição, fato que pode significar um obstáculo intransponível para Moro em Goiás.

“O União Brasil surge como um partido grande, há diversas forças, diversos palanques, você tem de ir depurando essas questões de cada candidatura que eventualmente gostaria de ter o seu palanque liberado”, diz Bozzela. “É preciso amadurecer isso para não criar nenhum tipo de resquício nas relações”, conclui o deputado.

O cálculo para distribuir o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), a partir de resolução do TSE de dezembro, estabelece que todos os partidos têm direito a receber igualmente 2% do total de recursos. Outros 35% são rateados entre as siglas que contam com ao menos um deputado federal, em conformidade com a proporção de votos que cada partido recebeu nas eleições de 2018. Agremiações com representação na Câmara do Deputados recebem 48% da verba, conforme a proporção das respectivas bancadas. Os 15% restantes são distribuídos proporcionalmente segundo a representação das legendas no Senado.

Valor Econômico  

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