Trump vibra com guerra na Europa

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O ex-presidente dos EUA Donald Trump declarou apoio ao presidente russo, Vladmir Putin, no conflito que envolve a Ucrânia. O ex-chefe da Casa Branca teceu duras críticas à atuação do atual presidente americano, Joe Biden, nas negociações de paz.

Segundo Trump, Putin será um “pacificador” para o povo ucraniano. As declarações foram dadas em uma entrevista ao programa The Clay Travis and Buck Sexton Show, distribuído pela emissora Premiere Networks para mais de 400 rádios.

“É um movimento genial. Ele vai entrar lá como um pacificador. Esta é a força de paz mais poderosa que já vi. Poderíamos fazer algo parecido em nossa fronteira sul. Isso é maravilhoso”, elogiou Trump na entrevista grava na terça-feira (22/2).

Ao comentar o tema, Trump afirmou que Putin teria outra forma de agir se ele ainda estivesse no comando americano e que a crise geopolítica tomaria outro rumo.

“Se gerida corretamente, não havia absolutamente nenhuma razão para que a situação se precipitasse na Ucrânia”, disse o ex-presidente dos Estados Unidos da América.

Trump e Putin são próximos e mantiveram relações políticas no período em que o ex-apresentador de TV esteve na Casa Branca (2017-2021).

“Eu conheço Vladimir Putin muito bem, e ele nunca teria feito sob o governo Trump o que ele está fazendo agora, de forma nenhuma”, finalizou.

As declarações de Trump vão de encontro ao que tem defendido a comunidade internacional, que observa um risco global caso o conflito armado se concretize.

Comunidade internacional em alerta
Nesta quarta-feira (23/2), a assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi tomada por discursos contra o conflito. Representantes da Rússia, Ucrânia, Estados Unidos, além do secretário-geral da entidade, Antonio Guterre, falaram sobre o tema.

Na segunda-feira (21/2), o presidente russo, Vladmir Putin, reconheceu as regiões separatistas como repúblicas independentes. A decisão foi vista como uma ameaça.

Com isso, na terça-feira (22/2), países como Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido anunciaram sanções econômicas ao governo russo para isolar Putin.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia fizeram alertas para o risco de uma invasão russa ao território ucraniano.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Nos últimos dias, a crise aumentou. A Rússia enviou soldados para a fronteira com a Ucrânia, reconheceu duas regiões separatistas ucranianas como repúblicas independentes e tem intensificado as atividades militares. A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, quando anexou a Crimeia ao seu território.

A Ucrânia pediu mais armas aos países do Ocidente, sob o argumento de defesa contra a Rússia. Além disso, convocou militares reservistas e liberou porte de armas a civis.

Putin, por sua vez, acusa os ucranianos de desenvolverem armas nucleares, o que colocaria a segurança de Moscou em risco.

Metrópoles