Moro briga com liderança de caminhoneiros e sai do grupo

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Presidente do diretório do Podemos no Paraná, o senador Álvaro Dias classifica a discussão entre Sergio Moro, presidenciável da sigla, e Wanderlei Dedeco, líder dos caminhoneiros e possível candidato a deputado pelo partido, como “fofoquinha de WhatsApp que não dá para levar a sério”.

“Não vou perder um segundo pensando sobre isso”, diz o senador.

Como mostrou o Painel, Dedeco cobrou de Moro propostas aos caminhoneiros e se aborreceu ao não receber resposta.

O ex-juiz disse que então ele poderia apoiar qualquer um se quisesse promessas vazias e deixou o grupo criado em seu apoio.

“E os outros candidatos têm propostas? Não têm, nem sobre caminhoneiros nem sobre nada. Não é hora ainda. É hora de ouvir pessoas e recolher sugestões para fazer um programa de governo”, afirma Dias.

Sobre a relação entre Moro e Dedeco, o senador diz que não é porque eles são do mesmo partido que são obrigados a serem amigos e que não há qualquer necessidade de reacomodação.

Nomeado “Apoio ao Sergio Moro”, o grupo tem entre seus membros figuras como o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o senador Álvaro Dias (Podemos-PR). Dedeco filiou-se ao Podemos e pretende ser candidato a deputado federal pela sigla.

Dedeco publicou no grupo uma mensagem em que reclamava que Moro participava das conversas, mas que parou de interagir após ter recebido cobranças por propostas direcionadas aos caminhoneiros.

“Estamos aqui igual a um bando de idiotas apostando nele, mas nem responder nossos questionamentos ele não responde”, escreveu.

“Já me sinto desanimado com o Moro, percebo que ele não tem coragem nem quer falar sobre a categoria. Parece que somos um bando de leprosos, até hoje não vi ele falar nada em favor de nossa classe. Se não tem simpatia pelos caminhoneiros, não merece os votos de nossas famílias. Sobreviveremos seja qual for o presidente”, completou.

Moro então se pronunciou e disse que está em uma correria que mal consegue responder a própria esposa. Ele também afirmou que tem simpatia pelos caminhoneiros e que está preparando as suas propostas para a categoria.

“Não vou fazer como Bolsonaro e Lula e prometer o que não é possível e o que eles não cumprem depois. Se falo que vou fazer X, eu faço, sou uma pessoa de palavra, e meu plano é melhorar a economia para todos, inclusive para caminhoneiros e suas famílias. Se quiser promessas vazias, fique aí com quem quiser”, escreveu o ex-juiz.

“Pás [paz] e bem, Wanderlei, vou sair do grupo se é para ser ofendido por você”, completou.

Dedeco diz ao Painel que foi então bloqueado por Moro no celular. O caminhoneiro então utilizou outro número de celular para recolocá-lo no grupo. Ele então chamou o presidenciável de covarde.

“Hoje infelizmente você mostrou que não passa de um despreparado que não aceita críticas, verdades e ser cobrado. Desculpe mas uma pessoa assim não serve para administrar um país com 220 milhões de habitantes. Você provou agora que não passa de um menino mimado, ex-juiz que se iludiu com a ganância de ser ministro do STF e aceitou ser ministro de um canalha que você sabia que não valia um centavo furado”, escreveu no grupo.

Folha de SP