Parlamentar denuncia adulterações do relatório da Comissão da Verdade

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A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) quer que o ministro da Justiça, Anderson Gustavo Torres, e o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco Leal, sejam convocados pela Câmara para prestar esclarecimentos sobre a integridade do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

TARJA
No início de fevereiro, a Justiça Federal em Pernambuco determinou que o nome do coronel da PM Olinto de Souza Ferraz fosse retirado do documento elaborado pelo colegiado, que investigou os crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura militar (1964-1985).

Nome de coronel da PM citado nos relatórios da Comissão Nacional da Verdade é tarjado de preto após decisão da Justiça Federal para “preservar a imagem” do militar e de sua família

À esquerda, nome de Olinto Ferraz, coronel da PM pernambucana na época da ditadura, é citado nos relatórios da Comissão Nacional da Verdade; à direita, nome é tarjado de preto nos documentos oficial preservados no Arquivo Nacional após decisão da Justiça Federal
SILÊNCIO
Com isso, os documentos oficiais da CNV, preservados pelo Arquivo Nacional, tiveram ao menos três páginas modificadas. Erundina acusa a AGU de omissão diante do caso e afirma que o Ministério da Justiça não tem atuado para “proteger de investidas espúrias o conteúdo integral do relatório”.

AMEAÇA
“Preocupa mais a possibilidade, insinuada no caso caricato, de que o conteúdo integral do documento, e o acesso fácil e completo de toda a cidadania a ele, sejam sistematicamente prejudicados no futuro”, diz ela.

Folha de SP