Rússia censura veículos de imprensa que atuam no país

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Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Depois de a agência reguladora de comunicações da Rússia fazer acusações contra ao menos 10 veículos de imprensa do país pela cobertura do conflito com a Ucrânia, usuários relataram instabilidade em vários portais de notícias e redes sociais.

Segundo a agência France-Presse, uma das que acusa ter sofrido censura, a Rússia ordenou na quinta-feira (3/3) o fechamento do escritório local da Deutsche Welle, além da proibição da veiculação dos programas. A medida teria sido tomada em retaliação à proibição do canal russo RT na Alemanha.

Além da DW, a Meduza, BBC Rússia e Radio Free Europe/Radio Liberty tiveram intervenção em parte das redes e transmissões.

O Facebook também sofreu instabilidade durante a noite dessa quinta-feira. Na semana passada, a empresa Meta, responsável pela rede social, anunciou que proibiu a mídia estatal da Rússia de monetizar publicações na rede social. Usuários do Twitter também relataram restrições em suas contas na Rússia.

Segundo o site NetBlocks, que monitora serviços cibernéticos em todo o mundo, a restrição está em vigor em vários provedores e ocorre quando as autoridades russas entram em conflito com as regras da plataforma em relação ao conflito com a Ucrânia.

Na terça-feira (1º/3), depois que o presidente Vladmir Putin criticou a cobertura da guerra, o exército russo bombardeou uma torre de transmissão de TV em Kiev, capital ucraniana. O ataque matou ao menos cinco pessoas, segundo a Ucrânia.

A investida foi uma tentativa de impedir a circulação de informações sobre os conflitos, a estratégia militar e os pontos atacados mais recentemente. Canais de TV saíram do ar.

Minutos após ao bombardeio à torre de transmissão de TV em Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, lamentou o ocorrido. Zelensky atendia repórteres da CNN Internacional quando recebeu a informação. Ele reagiu com tristeza, ficou pálido e atônito. “A gente está perdendo tempo”, resumiu, se referindo à necessidade de conter os ataques russos.

Metrópoles