Alckmin critica reforma trabalhista de Temer e Bolsonaro

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Indicado para vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) vem se dedicando desde o começo do ano a estreitar laços com um público caro ao ex-presidente, os sindicatos.

Nos últimos quatro meses, ele visitou cerca de 20 entidades de trabalhadores, que representam categorias como padeiros, eletricistas e químicos. Nas conversas com os sindicalistas, tem perguntado sobre a situação do emprego e os efeitos da alta da inflação sobre o orçamento dos trabalhadores.

Embora tenha defendido a reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer (MDB), Alckmin avalia que houve excessos. Um dos pontos em que concorda com Lula é que as mudanças asfixiaram financeiramente os sindicatos e que é preciso haver correções, para que essas entidades tenham mais poder de fogo em negociações com os patrões.

O ex-governador participou nesta quinta-feira (14) de evento com as centrais sindicais ao lado de Lula e fez um discurso exaltado em sua defesa.

Diante de dezenas de sindicalistas reunidos em São Paulo, Alckmin aumentou o tom de voz para dizer que a “luta sindical deu ao Brasil o maior líder popular deste país”. Em seguida, já rouco e aos gritos, repetiu: “Lula, Lula, viva Lula, viva os trabalhadores do Brasil.”

A presença de Alckmin surpreendeu até mesmo os sindicalistas envolvidos na organização do evento. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirma que só foi avisado da ida na manhã desta quinta.

Folha