Cem mil pessoas compraram rifa do triplex

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Foto: Reprodução

Mais de 100 mil bilhetes já foram vendidos para o sorteio da unidade triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP), atribuída pela Operação Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – em decisão que acabou depois revertida. Os cupons são vendidos por meio da plataforma Pancadão e tem o custo de R$ 19,90 cada.

Com esse valor, a arrecadação da campanha soma ao menos R$ 1,99 milhão, de acordo com dados obtidos pelo Metrópoles. O valor é abaixo dos R$ 2,2 milhões pagos pelo empresário Francisco Gontijo em 2018, quando arrematou a propriedade em um leilão. Na época, ele ainda teve de pagar a comissão do leiloeiro, de R$ 110 mil, e mais R$ 47.204,28 de débitos condominiais.

No total, a campanha arrecadou cerca de 84% do valor total que o empresário pagou na compra do imóvel, R$ 2.357.204,28. Desde 2018, no entanto, o imóvel já foi alugado diversas vezes. Nesta sexta-feira (1º/4), por exemplo, o deputado federal Luis Miranda (Republicanos-DF alugou o triplex para comemorar seu aniversário e anunciar sua candidatura à Câmara dos Deputados por São Paulo, como adiantou a coluna Janela Indiscreta.

O sorteio, que deveria ser realizado na quarta-feira (30/3), foi adiado para maio, com bilhetes disponíveis para compra até o próximo domingo (3/4). Segundo a assessoria do proprietário do triplex, a decisão de adiar o sorteio foi feita “para atender grande parte do público, que pediu prazo maior para ir adquirindo os cupons”.

Francisco Gontijo relata que decidiu colocar o imóvel em um sorteio em vez de vendê-lo para ter um melhor valor na venda. “Considerando que é um imóvel famoso, entendemos que ele atrairia a atenção de muitas pessoas, e essa foi a forma de divulgar ainda mais”, explica o empresário. “Terá um resultado melhor do que se tivéssemos apenas um comprador.”

A 12ª Vara Federal Criminal de Brasília determinou o arquivamento do processo contra o ex-presidente Lula sobre o apartamento triplex localizado no Guarujá, no litoral de São Paulo.

O caso foi motivo da sentença do ex-juiz Sergio Moro, hoje pré-candidato do Podemos ao Planalto, que condenou Lula à prisão em 2018. A decisão, de quinta-feira (27/1), é da juíza Pollyanna Alves, que atendeu a um pedido da Procuradoria da República no Distrito Federal.

Em manifestação enviada à Justiça Federal no mês passado, a procuradora da República Marcia Brandão Zollinger alegou prescrição dos supostos crimes atribuídos ao ex-presidente. O pedido tomou como base a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abril, quando considerou suspeita a atuação do ex-juiz Sergio Moro no caso e anulou a condenação de Lula.

Na decisão, a juíza ainda declarou a extinção da punibilidade do petista. Com isso, Lula não poderá mais ser processado pelos mesmos fatos que lhe foram imputados pela Lava Jato. De acordo com a defesa de Lula, o caso não teve “nenhuma materialidade nem acusação concreta, e apenas com provas de inocência do ex-presidente”.

Metrópoles