Ciro liga metralhadora giratória contra Lula, Alckmin, Haddad e Boulos

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Foto: Divulgação PDT

O PDT, do presidenciável Ciro Gomes, lançou, nesta segunda-feira (4), o ex-prefeito Elvis Cezar, de Santana de Parnaíba, para disputar o Governo de São Paulo.

No evento para apresentar Elvis Cezar e recepcionar novos filiados do PDT, num ginásio na cidade paulista, Ciro criticou o ex-presidente Lula (PT) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que deve ser adversário de Elvis na corrida estadual.

Elvis Cezar, que era do PSDB, se filiou ao PDT na quinta-feira (31). Ele foi prefeito de Santana de Parnaíba entre 2014 e 2020 e foi vereador por dois mandatos antes disso. O atual prefeito do município, Marcos Tonho, e o pai do ex-prefeito, o deputado estadual Cezar, também se filiaram ao PDT.

“Haddad foi reprovado, foi rejeitado”, disse Ciro, lembrando que o petista teve 16,7% dos votos ao tentar a reeleição em 2016.

Ciro ainda criticou o acordo entre Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que deve ser candidato a vice na chapa do petista.

“Esse acordo do Lula com Alckmin? O que é isso? […] Como é que se justifica isso? A não ser a goela sem fundo do senhor Lula, que quer tirar os adversários do caminho para empurrar goela abaixo do povo de São Paulo o senhor Fernando Haddad”, disse.

“Guilherme Boulos [PSOL] está junto com Alckmin e Lula. Isso é o que desmoraliza a política”, completou.

A respeito de Elvis Cezar, Ciro afirmou que o ex-prefeito “não é uma aposta no escuro”. “Davi se levanta contra um Golias da prepotência, do conchavo, dos acordos vergonhosos em que se transformou a política do Brasil. Achamos nosso Davi.”

​Para fortalecer a candidatura de Ciro, que marcou 6% em pesquisa Datafolha divulgada no último dia 24, o PDT vinha buscando um palanque em São Paulo.

O partido chegou a conversar com Márcio França (PSB), mas, como o PSB definiu apoio a Lula, o palanque do ex-governador teria que ser dividido entre Ciro e o petista.

Elvis Cezar afirmou que “o PDT não é um partido pequeno, é um partido de vencedores”. Ele discursou a respeito do aumento da pobreza, da inflação e do aumento de impostos.

“O estado está cada vez mais rico e a população cada vez mais pobre”, disse.

O pré-candidato também criticou Lula e Jair Bolsonaro (PL). “Nós não aguentamos mais votar por exceção, queremos votar por convicção. […] Votamos em uma pessoa que não era competente para nos livrarmos da corja de ladrões.”

O ex-ministro Aldo Rebelo, que também se filiou ao PDT, esteve no evento e foi convidado pelo presidente da sigla, Carlos Lupi, a concorrer ao Senado em São Paulo. “Eu quero Aldo Rebelo candidato ao Senado”, disse Lupi. Ciro reforçou o convite.

“São Paulo tem sido vítima da desindustrialização que será enfrentada e corrigida por um governador que se volte para o desenvolvimento, para o crescimento da nossa economia e não para os rentistas da Faria Lima, que enterram São Paulo e enterram o Brasil”, discursou Rebelo.

Lupi afirmou ainda que Elvis Cezar será o próximo governador e criticou o ex-governador João Doria (PSDB) e o atual, Rodrigo Garcia (PSDB).

“Doria sai com rejeição de 70% e não sabe o que quer. O vice está com 2% ou 3% nas pesquisas”, disse.

Em seu discurso, Cezar, o pai, reclamou dos pedágios instalados na região devido a concessões de estradas pelo PSDB. “PSDB nunca mais”, disse a respeito do partido que acabou de deixar.

Quando vereador, Elvis Cezar chegou a ser cassado pela Câmara, mas obteve decisão favorável na Justiça e teve a cassação anulada pela Casa. Seu pai, Cezar, deixou a prefeitura após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassar seu registro de candidatura e, então, em dezembro de 2013, Elvis Cezar venceu eleições suplementares para prefeito.

Folha