Dono da Riachuelo culpa democracia pelas falhas de Bolsonaro na economia

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Foto: Helvio Romero/Estadão

O empresário Flávio Rocha, notável defensor da candidatura de Jair Bolsonaro em 2018, diz hoje não apoiar nenhum “rosto” para as eleições de outubro. “Não consigo me apaixonar por rostos, por pessoas, na minha vida toda sou apaixonado por ideias”, disse à Coluna, se esquivando de declarar apoio a um candidato. Ele, que já foi cotado para compor o primeiro escalão do governo do presidente, para o extinto Ministério da Indústria e Comércio Exterior, diz que se frustrou ao não ver implementada a agenda liberal defendida na última eleição, mas não por falta de esforço do ministro Paulo Guedes, mas sim pelas “camadas da democracia”, citando resistência no Legislativo e no Judiciário.

Rocha também faz críticas ao PT e diz que há no discurso de Lula pontos de preocupação à classe empresarial, como a possibilidade de revisão das reformas trabalhista e da Previdência.

“Temos muito tempo ainda na campanha, mas torço para que eu possa votar em um candidato que possa protagonizar as ideias nas quais eu acredito, um Estado menor, mais eficiente”, disse.

Deputados do PT pediram ao ex-presidente para focar seu discurso na economia e deixar outras questões de lado.

“Não podemos cair nas armadilhas específicas de tema A ou tema B, a centralidade é economia. É falar do que ele vai propor para este país que está deflagrado socialmente”, afirmou o deputado José Guimarães (PT-CE).

Chamou atenção a previsão do presidente do PSDB, Bruno Araújo, no jantar organizado pelo Esfera Brasil na última segunda. No cenário de hoje, disse ele, Bolsonaro é o que tem mais chances de vitória na disputa ao Planalto.

Estadão