Milton Ribeiro mentiu sobre disparo de sua arma
A Polícia Federal já ouviu duas pessoas sobre o disparo acidental executado pelo ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, nesta segunda-feira no aeroporto de Brasília. Uma delas é a atendente ligada à empresa GOL que teve ferimentos devido aos estilhaços da bala. Um homem que trabalha no aeroporto e que também estava no local no momento do ocorrido também prestou esclarecimentos aos policiais.
As oitivas fazem parte de uma apuração preliminar conduzida pela PF para analisar se o caso será alvo de um inquérito. Ambos se dirigiram à Superintendência da PF do Distrito Federal, nesta segunda-feira, para detalhar o ocorrido.
Segundo integrantes da PF, a mulher, que teve ferimentos no braço, relatou que ficou assustada com o episódio. Ela também passou por um exame no Instituto Médico Legal (IML).
Em seu depoimento aos policiais, Milton Ribeiro disse que não houve vítimas, apesar de uma atendente ter sido atingida por estilhaços e bala de sua arma. À PF, o ex-ministro relatou que o disparo acidental ocorreu no momento em que estava no balcão da companhia aérea Latam, por volta das 17h. O ex-ministro declarou que, “como já havia feito o ‘despacho de arma de fogo’ pela internet, se dirigiu diretamente ao balcão da companhia aérea Latam; que ao abrir sua pasta de documentos pegou a sua arma para separá-la do carregador, dentro da própria pasta, momento em que ocorreu o disparo acidental”.
Ribeiro alegou que, como havia outros objetos dentro da pasta. “O declarante, com medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, tentou desmuniciá-la dentro da pasta, ocasião em que ocorreu o disparo acidental”. Em seu depoimento à PF, o ex-ministro afirmou que a bala atravessou o coldre e sua pasta, se espalhando pelo chão.
Globo