Ministro da Saúde é pressionado a cobrar vacinação do povo
Secretários municipais e estaduais de Saúde enviaram uma carta ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na manhã desta terça-feira, 19, formalizando o pedido para uma transição de 90 dias até o fim da emergência sanitária. Durante esse período, os secretários querem que o ministro incentive a campanha de vacinação contra a Covid e elabore um plano de retomada com marcadores de evolução da doença para monitorar potenciais novos surtos.
“Em virtude da necessária cautela com o encerramento da ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional), sob o risco de desassistência à população, solicitamos ao Ministério da Saúde que a revogação da Portaria 188, de 03 de fevereiro de 2020, estabeleça prazo de 90 (noventa) dias para sua vigência e que seja acompanhada de medidas de transição pactuadas, focadas na mobilização pela vacinação e na elaboração de um plano de retomada capaz de definir indicadores e estratégias de controle com vigilância integrada das síndromes respiratórias”, diz o documento enviado a Queiroga.
Os secretários se dizem preocupados com o encerramento abrupto do estado de emergência e alegam que existem normativos municipais e estaduais que têm respaldo na portaria federal. Por isso, pedem mais tempo.
“Além disso, para o enfrentamento à pandemia, Estados e municípios promoveram grande ampliação de vigilância em saúde e de serviços assistenciais, sobretudo com a ampliação de leitos, a necessária contratação temporária de um grande contingente de profissionais, somada às contratações para aquisição de insumos necessários ao enfrentamento da pandemia”, dizem.
Na noite de domingo, 17, Queiroga anunciou em cadeia nacional de rádio e televisão o fim do estado de emergência sanitária. Ele atribuiu a decisão à queda nos índices da doença e à vacinação no País, que alcançou 73% da população. Disse ainda que a mudança não significa o fim da pandemia do novo coronavírus e que ainda é preciso ficar “vigilante”. O fim do decreto da pandemia é de total responsabilidade da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estadão