Moro já trabalha por candidatura ao Senado

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Descolados do anúncio oficial do deputado federal Luciano Bivar (União-PE) como pré-candidato do partido à Presidência da República – um movimento interpretado por correligionários como uma saída para evitar que MDB e PSDB tomem conta das negociações sobre a candidatura de terceira via – integrantes da equipe do ex-ministro Sergio Moro traçam há semanas cenários sobre quem poderia compor uma eventual chapa com ele para o Senado por São Paulo.

Na lista de candidatos a primeiro suplente de Moro, caso ele decida disputar uma vaga de senador, estão o vice-presidente do União, Antonio Rueda, e o engenheiro agrônomo e ex-tucano Xico Graziano, que foi responsável por elaborar o projeto presidencial de Moro na área ambiental. Em prol de Rueda estão o fato de ser presidente do diretório da sigla em São Paulo e de ter total interesse em financiar uma campanha que, ao final, pode beneficiá-lo. Moro, no entanto, tem mais afinidades com Graziano, dizem auxiliares da campanha, o que poderia ser o critério decisivo para a formação da chapa.

Embora tenha deixado a iniciativa privada para ingressar na corrida ao Palácio do Planalto, a opção de Sergio Moro de se candidatar ao Senado leva em conta o fato de parte expressiva do União nutrir verdadeira repulsa pelo ex-juiz e se recusar a dar legenda para que ele dispute a Presidência da República como alternativa ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Lula. Moro, por sua vez, rechaça a hipótese de atuar como puxador de votos e disputar uma vaga de deputado federal por considerar que poderia acabar elegendo, com sua votação, nomes controversos ou sem qualquer afinidade programática com ele.

A ideia é que até o fim de maio o ex-ministro anuncie a que cargo pretende concorrer nas eleições.

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