Parte do PSOL resiste a apoiar Lula

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Foto: Reprodução

O PSOL mostrou mais uma vez na noite de segunda-feira, 18, como está dividido. Em reunião do Diretório Nacional, o partido aprovou a criação de uma federação partidária com a Rede Sustentabilidade, mas a votação mostrou o tamanho da divisão: 38 votos a favor, 23 contra.

Em março, a Rede já havia aprovado a federação, mas por unanimidade: 73 votos a favor, nenhuma abstenção e nenhuma manifestação contrária. No PSOL, a aliança com a Rede já havia sido tema de um manifesto assinado por mais de 200 filiados, que questionavam o verniz ideológico dos futuros aliados, que teriam “muitas figuras nitidamente de direita e com pautas conservadoras”.

 

A federação é uma inovação desta eleição. Ela permite a união de partidos para a disputa das eleições, mas prevê que essa aliança precisa ter no mínimo quatro anos de duração e tem que ser válida para todas as esferas: federal, estadual e municipal.

Até em razão das divergências, a aliança com a Rede foi fechada com todo o cuidado. O estatuto da federação vai deixar brecha para que cada um apoie o candidato a presidente que quiser, por exemplo. Algumas lideranças da Rede, como as ex-senadoras Marina Silva e Heloísa Helena, ambas ex-petistas, têm restrições a apoiar Lula à Presidência.

O apoio ao petista, aliás, é outro motivo de divisão no PSOL. Embora a direção nacional, encabeçada por Juliano Medeiros, tenha sinalizado o apoio a Lula, há uma corrente minoritária no partido que quer lançar a candidatura do deputado federal Glauber Braga (RJ). Também há muitas críticas na legenda à escolha de Geraldo Alckmin (PSB) para ser o vice de Lula, tanto que já circula entre a militância adesivos com a inscrição “Lula sim, Alckmin não”.

O racha deve ficar exposto na Conferência Eleitoral do PSOL, marcada para 30 de abril, em São Paulo, quando o PSOL vai discutir o que irá fazer na eleição.

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