Tebet arruma desculpa para debilidade da 3a via

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Foto: Sérgio Lima

A senadora e pré-candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, disse que os baixos índices de intenção de votos nos candidatos da 3ª via, ou centro democrático, como ela prefere, são consequência da indefinição quanto ao nome que vai encabeçar o grupo. Ela disse que, a partir do momento em que um nome for escolhido, os índices devem aumentar.

“Centro democrático não pontua porque não tem cara, não tem nome, não tem sobrenome“, disse em entrevista para a Brazil Conference, evento promovido anualmente desde 2015 por estudantes brasileiros da região de Boston, nos EUA, local conhecido por receber há décadas imigrantes ilegais latinos, sobretudo do Brasil.

Apesar de ser numa cidade norte-americana, a maioria dos painéis é com brasileiros falando em português no palco e plateia composta majoritariamente também por pessoas do Brasil, como se fosse numa conferência realizada em São Paulo ou no Rio de Janeiro.

Só foi em inglês o painel de Jorge Paulo Lemann, fluente nesse idioma. Quando jovem, ele estudou em Harvard (universidade que fica em Cambridge, cidade conurbada a Boston) e é conhecido por fazer doações para essa instituição de ensino. O empresário é um dos principais financiadores do evento anual de estudantes brasileiros da região, por meio da Fundação Lemann.

Atualmente, Tebet pontua 1% nas pesquisas de intenção de votos para presidente, segundo o PoderData. Outro postulante de centro, o ex-governador de São Paulo João Doria oscila de 2% a 3%.

O MDB, de Tebet, junto ao União Brasil, PSDB e Cidadania vão anunciar o candidato único do grupo para as eleições de 2022 em 18 de maio. Tebet disse que já está sendo feita uma depuração dos nomes colocados para tentar furar a polarização do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o atual, Jair Bolsonaro (PL).

“Viramos o ano com 7 candidatos. Daí foram para 5, 4 e agora 3. No dia 18 de maio será 1“, disse. Atualmente, além dela, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o deputado federal e presidente do União Brasil, Luciano Bivar, pleiteiam a vaga.

Para Tebet, independentemente de quem for o escolhido, deverá ter apoio do grupo todo. “Estaremos no palanque unidos porque queremos dar uma alternativa para a população brasileira. Não é possível continuar com essa polarização que gera estagnação econômica e miséria. Temos que dar estabilidade, segurança jurídica e voltar a crescer“, afirmou.

A senadora criticou duramente o atual governo. Ela disse que a sua origem na política foi o movimento Diretas Já, quando uma parcela majoritária da população protestou contra a ditadura militar. Segundo ela, hoje há riscos para a democracia com a união de Bolsonaro e dos militares.

“Jamais imaginamos chegar nesse momento com tantas mazelas, tantos problemas e ainda ter que defender a democracia brasileira“, afirmou.

Poder 360