Haddad lucra com disputa da direita em SP

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Fotos: Alex Silva/Estadão, Alex Silva/Estadão, Adriano Machado/Reuters e Alex Silva/Estadão

Rodrigo Garcia (PSDB) e Márcio França (PSB) deram largada a uma batalha em que competem por votos de eleitores da centro-direita e tentam, com isso, quebrar a polarização crescente entre Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos). Enquanto Garcia faz acenos às polícias com ações na segurança pública – numa tentativa de retomar apoios que hoje migram para Tarcísio -, França foi aconselhado a evitar o confronto com o PT de Haddad. Por essa lógica, o ex-governador deve mirar a artilharia em Tarcísio e em Garcia e, assim, tentar assumir a vaga de quem vai rivalizar com Haddad num 2.º turno. Não à toa, a violência urbana virou tema de todos os que brigam na eleição paulista.

“A candidatura de Tarcísio é representada por um partido que tem ligação com uma denominação religiosa (Universal do Reino de Deus). As outras devem buscar representantes em outras candidaturas, e eu tenho condições de preencher esse espaço”, diz Márcio França, em aceno aos evangélicos. Ele também quer conquistar prefeitos hoje com Garcia.

O deputado estadual Ricardo Mellão (Novo) quer convencer Rodrigo Garcia a tirar da lei um dispositivo que autoriza o reajuste de alíquotas de ICMS em até 18% pelo governo sem votação na Alesp.

Ele diz que é uma herança do aumento de impostos feito por João Doria no ano passado e pesa contra Garcia na eleição. A medida, porém, deixou o governador com o caixa cheio. Em 2021, a carga tributária paulista subiu para 8,9% do PIB, ante 7,44% em 2020.

Estadão