Pesquisa com jovens diz que eles acham que fake news marcarão eleições

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Foto: Mauricio Santana/Getty Images

A Microcamp realizou recentemente uma pesquisa com 1.518 jovens alunos que frequentam os cursos da rede de escolas de informática em 62 cidades do país. O levantamento questionou os alunos sobre o papel das redes sociais e das fake news nas próximas eleições.

Para 42,2% dos entrevistados, as redes sociais são um dos fatores que mais influenciam os eleitores na escolha de um candidato, enquanto as pesquisas de intenção de voto foram citadas por 20,1% deles e os debates na TV por 17,8%. Na sequência vêm a família (8,5%), os influencers (6,9%) e amigos (4,5%).

As redes sociais, a exemplo do que aconteceu em 2018, terão grande influência sobre a opinião das pessoas nas eleições deste ano, principalmente dos jovens. Da mesma forma, as notícias falsas (fakes news) podem mudar o rumo das intenções de votos. É o que mostra pesquisa realizada pela rede de escolas de informática Microcamp com 1518 alunos em 62 cidades onde a empresa mantém escolas.

As redes sociais também foram consideradas por 79,3% dos pesquisados como fonte de informação dos eleitores. Na hora detalhar as fontes que eles utilizam para se informar, o Google foi o mais citado (19%), seguido pelos sites de notícias (17,9%), Instagram (16,9%), WhatsApp (14,4%), TV (8,8%), Youtube (7,4%), Twitter (6,9), Facebook (4,3%), mídia impressa (3,5%), e por último o rádio (0,9%).

Para quase a totalidade dos entrevistados, o que também influencia o processo eleitoral, é a disseminação de notícias falsas (fake news). Somados os que acham que elas influenciam muito (83,4%) e os que assinalaram pouco (12,9%) são 96,3% que acreditam na relevância das fake news. Apenas 3,7% pensam que elas não influenciam.

A maioria dos entrevistados (63,3%) tem entre 16 e 20 anos, 24% acima de 25 anos, e 12,6% entre 21 e 25 anos de idade. O nível de escolaridade da maioria (68,3%) é o Ensino Médio, já 14,6% têm o ensino superior, 10,1% o Ensino Fundamental II, 5,1% o Técnico e 1,9% Ensino Fundamental I. No período da pesquisa – entre os dias 02 e 09 de maio – a maioria (67,1%) tinha título de eleitor, 17,7% não tinham e não pretendiam tirar, apesar de já estarem aptos para isso, e 15,2% pretendiam tirar.

Perguntados se vão votar este ano, 67,1% disseram que sim, 20,5% não e 12,5% não decidiram ainda. Quanto ao voto ser obrigatório no Brasil, a maioria (54,1%) é favorável, enquanto 45,9% são contra. Em relação ao sistema de votação, a maioria (81,2%) quer que o voto eletrônico seja mantido, contra 18,8% que preferem o retorno do voto em papel. Sobre as urnas eletrônicas, 62,8% confiam nela e 37,2% não.

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