Segurança dos presidenciáveis gastará R$ 57 milhões

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Foto: Reprodução

A Polícia Federal informou durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (31) em Brasília que vai investir R$ 57 milhões na segurança dos candidatos à Presidência. Desse total, cerca de R$ 25 milhões serão gastos com o custo operacional (logística, diárias) e R$ 32 milhões com a compra de equipamentos.

De acordo com a PF, ao menos 300 policiais federais serão designados para cuidar da segurança dos presidenciáveis. Todos passarão por um curso específico para exercer essa função.

O trabalho da Polícia Federal na segurança dos candidatos vai começar a partir do dia 16 de agosto, data marcada para o início da campanha eleitoral.

O coordenador de proteção à pessoa da Polícia Federal, Thiago Marcantonio Ferreira, disse que a PF vai contar com a assessoria da área de inteligência da corporação para “identificar e neutralizar ameaças aos candidatos”.

O coordenador afirmou que a PF está preparada para fazer um trabalho melhor do que o que foi feito na segurança dos presidenciáveis em 2018, quando o então candidato Jair Bolsonaro foi esfaqueado.

“O que posso dizer é que a Polícia Federal se qualificou e especializou seu efetivo para ter um atuação melhor do que de 2018. E tenho certeza que 2026 será melhor que esta de 2022, seguindo a lógica de sempre evoluir e aperfeiçoar”, afirmou.

O diretor-executivo da PF, Sandro Avelar, afirmou que a polícia já está em contato com os pré-candidatos para falar sobre a segurança. “Nós nos preparamos para ter uma condição estrutural e fazer um bom trabalho mesmo em um ambiente em que haja tanta paixão. Estamos preparados para fazer uma eleição tranquila”, afirmou.

As diretrizes para a segurança dos candidatos nas eleições foram publicadas em setembro de 2021. Por lei, a partir da homologação da candidatura em convenção partidária, os presidenciáveis têm direito à segurança pessoal por meio de agentes da PF.

Cada candidato tem o suporte de 21 policiais federais. Entretanto, a quantidade de agentes que acompanha os candidatos em cada evento é planejada de acordo com a necessidade, levando em consideração os locais dos eventos.

Na instrução normativa, a Polícia Federal estabeleceu que os partidos devem colaborar com a segurança dos candidatos, informando as agendas com no mínimo 48 horas de antecedência.

Para ter a segurança, é necessário requisitar formalmente o auxílio à Polícia Federal. Os candidatos também podem contratar seguranças particulares.

A expectativa de que a eleição deste ano seja mais polarizada, segundo a Polícia Federal, alerta para a possibilidade de maiores riscos. A instrução normativa neste ano exige mais comprometimento das campanhas.

Segundo o documento, “a proteção será ininterrupta e se estenderá até a data da disputa do 2º turno do processo eleitoral, quando houver”.

A equipe responsável pela proteção do candidato deverá elaborar um plano de ação da proteção pessoal, que deverá conter um “relatório de análise de risco” e “planejamento operacional”.

Caso a PF constate o risco de “ameaças concretas” durante o período de proteção, “o candidato que se expuser espontaneamente aos riscos assumirá a responsabilidade”.

G1