Bolsonaro se recusou a criticar Guimarães

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Foto: Daniel Marenco

O presidente Bolsonaro contrariou os conselhos do seu comitê de campanha e não quis criticar Pedro Guimarães ao saber das denúncias de assédio sexual contra o agora ex-presidente da Caixa Econômica Federal. Assim que o caso foi revelado pelo site “Metrópoles”, na tarde de terça-feira, o marketing da campanha se mobilizou em uma estratégia para tentar aplacar o desgaste que as revelações trazem para o presidente.

A ideia era que Bolsonaro gravasse um vídeo para ser exibido nas redes sociais ainda na terça-feira no qual mostraria solidário às vítimas e defendesse as investigações contra Pedro Guimarães. A campanha também defendia que o presidente condenasse abertamente o comportamento do aliado. Um texto chegou a ser redigido para o presidente, mas ele se recusou a fazer qualquer manifestação.

Como informou O GLOBO, a demora do presidente em demitir Guimarães e se posicionar sobre as denúncias de assédio causou constrangimento até entre membros do primeiro escalão do governo.

Integrantes do Palácio relataram que inicialmente o presidente resistiu a acreditar na história. A ala ideológica entrou em campo para defender Guimarães e convencer Bolsonaro de que as denúncias eram uma teoria da conspiração da imprensa. A maioria dos ministros do Palácio do Planalto, no entanto, discordou desse movimento e defendeu que a permanência do executivo era “insustentável”. Em entrevista ao “Metrópoles”, as funcionárias da Caixa relataram toques íntimos não autorizados, convites incompatíveis com a situação de trabalho e outras formas de assédio por parte de Guimarães.

O Globo