Fux ataca Lula após aproximação com Bolsonaro

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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Em sua cruzada contra o Judiciário, Jair Bolsonaro passou a se aproximar de um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) nos últimos meses: o presidente da corte, Luiz Fux. Membros do Palácio do Planalto afirmam que Bolsonaro tem visto o magistrado com menor resistência e encarado Fux até como “certo aliado”, depois de algumas conversas que tiveram.

Bolsonaro disse a pessoas próximas que saiu de um bate-papo com o ministro tendo a “nítida impressão” de que, assim como ele, Fux não gostaria de ver o PT retornar ao poder. A comunicação entre os dois, inclusive, passou a ser mais frequente.

Procurado, Fux afirmou à coluna que “é um magistrado e que não pode ter lado e nem ideologia política”. “Não tem gosto nem desgosto”, disse. O presidente do Supremo afirmou que qualquer interlocução que estabeleça tem o objetivo de, “nesse momento importante para a democracia do Brasil, ajudar o país a ter um clima de paz”.

— A minha regra é que, quem ganhar a eleição, leva. Isso é um pilar da democracia. Não tenho nada contra ninguém, mas fui totalmente contra a anulação da Lava-Jato. Acho que a mala de dinheiro existiu, o (ex-gerente da Petrobras) Barusco existiu, tudo que se apurou existiu. O fato de eu achar que tudo isso existiu não significa que eu tenha preferência políticas — afirmou Fux à coluna.

Na última sexta-feira, Fux fez afirmações na mesma direção durante um evento em homenagem aos 75 anos do Tribunal de Contas do Pará. O presidente do STF disse que “ninguém pode esquecer” que houve corrupção no Brasil e que decisões judiciais na Lava-Jato anulando processos foram tomadas por questões formais. Sem citar nomes, mencionou as malas com R$ 51 milhões, do ex-ministro Geddel Vieira Lima e os US$ 98 milhões que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco confessou ter desviado e que depois devolveu.

O Globo