Governo aposta tudo em bondades eleitorais

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Foto: Marcello Casal jr./Agência Brasil

O governo corre contra o tempo para conseguir garantir o pagamento dos benefícios aprovados na PEC das bondades ainda no início de agosto e, com isso, impulsionar o mais rápido possível a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).

No caso do Auxílio Brasil e vale-gás, que tiveram os valores acrescidos, técnicos do Ministério da Cidadania não vêm dificuldade na antecipação do pagamento. O pagamento depende apenas de edição de medida provisória com a previsão dos recursos.

Mas é preciso ter pressa. A decisão definitiva sobre a antecipação deve ser tomada, no máximo, até segunda-feira (25) para que se tenha tempo hábil para viabilizar o aumento do pagamento dos R$ 200 adicionais do Auxílio Brasil – de R$ 400 para R$ 600 –, por exemplo, já na folha de agosto. A ideia do governo continua sendo a de iniciar os pagamentos em 9 de agosto. Normalmente, o benefício começa a ser pago no dia 18 de cada mês.

Por outro lado, persiste o problema para o repasse do auxílio a caminhoneiros, que ficou conhecido como Pix Caminhoneiro, no valor de R$ 1 mil, e do taxista. Neste caso, não depende apenas de MP com crédito extraordinário, mas também depende de regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego. Além disso, ainda há a dificuldade sobre como identificar o beneficiário já que o governo não tem cadastro desse público.

O aumento do Auxílio-Brasil para R$ 600, a elevação de R$ 53 para algo em torno de R$ 120 do vale-gás, o Pix Caminhoneiro e auxílio a taxistas valem até dezembro e vão custar aos cofres públicos cerca de R$ 41,25 bilhões e ficarão fora do teto de gastos. Essa PEC, vista como eleitoreira pela oposição, tem contribuído para deteriorar a percepção do quadro fiscal da economia brasileira.

Valor Econômico