Polícia prefere abordar negros, diz pesquisa

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Foto: Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil

A chance de pessoas negras serem abordadas por policiais nas ruas dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro é 4,5 vezes maior na comparação com a de pessoas brancas. Além disso, a proporção de negros que sofrem abordagens de agentes de segurança dentro de suas casas é três vezes superior à de brancos. Os dados fazem parte do levantamento “Por que eu?”. O trabalho foi realizado pelo Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), organização formada por advogados criminais e defensores de direitos humanos, e pelo Data Labe, organização social que tem sede no conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio.

A pesquisa ouviu 1.018 pessoas nos Estados do Rio de Janeiro (510) e de São Paulo (508). Entre os entrevistados que declararam ter sido abordados mais de dez vezes, o porcentual entre os negros de 19,1% e o de brancos de 8,5%. Em entrevista à Rádio Eldorado, a diretora do IDDD, Priscila Pamela dos Santos, disse que os resultados evidenciam um racismo estrutural e a existência de “um duplo protocolo” nas abordagens policiais.

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