Bolsonaro negocia trégua com TSE em 7 de setembro

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Os ministros de Jair Bolsonaro (PL) que têm maior trânsito na área política afirmam que o presidente da República pode, enfim, aceitar um armistício com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e colocar fim a uma disputa que, na visão de diversos estrategistas de sua campanha eleitoral, só traz desgaste e tira votos.

PAZ
Caso isso ocorra, a ideia é esvaziar o 7 de setembro do peso político que Bolsonaro vinha dando a ele, mudando seu caráter de confronto e evitando ataques ao Judiciário. As manifestações ganhariam um caráter mais festivo e de apoio eleitoral.

RESPIRO
Há algumas semanas, Bolsonaro já vem baixando o tom dos ataques ao TSE. E percebeu, de volta, sinais de distensionamento.

RESPIRO 2
De acordo com integrantes da equipe de campanha, o armistício interessa ao presidente. Boa parte do eleitorado que já simpatizou, mas hoje reluta em votar nele, afirma em pesquisas que prefere um presidente que resolva seus problemas, e os do país —e não que fique arrumando briga quase o tempo todo. Além disso, Bolsonaro está cada vez mais isolado em seu ataque às urnas eletrônicas.

RESPIRO 3
O pretexto necessário para o fim, ao menos temporário, da tensão entre ele e os magistrados seria o TSE aceitar pelo menos algumas das principais sugestões do Ministério da Defesa que foram inicialmente descartadas pela Corte.

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NOTAS
Os militares queriam, por exemplo, que o tribunal autorizasse a publicação de arquivos de dados dos boletins de urna, com os votos registrados e apurados em cada máquina.

EM FRENTE
Se o novo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, aceitar as propostas, os militares darão o sinal verde para que Bolsonaro deponha de vez as armas e sele a paz com a corte –ao menos até o fim do ciclo eleitoral.

PRIMEIROS PASSOS
Na terça, como uma de suas últimas medidas na presidência da Corte, o ministro Edson Fachin já atendeu a pedido do Ministério da Defesa e autorizou a entrada de nove militares no grupo que inspeciona o código-fonte das urnas eletrônicas. E ampliou de 12 para 19 de agosto o prazo para as Forças Armadas concluírem esta análise.

Folha