Braga Netto e Mourão escondem que são generais

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Foto: Agência RBS /Agência Brasil

Conhecidos pela patente militar, tanto o ex-ministro Braga Netto quanto o vice-presidente Hamilton Mourão decidiram omitir o “general” de seus registros de candidatura neste ano. A coluna apurou que, em ambos os casos, a decisão foi orientada pelo marketing das campanhas.

A avaliação é que a patente pode ser um fator limitador e que o uso apenas do nome ajudaria a aumentar a representatividade dessas candidaturas. No caso de Braga Netto, que concorre ao posto de vice-presidente de Bolsonaro, integrantes da campanha presidencial também apontam que ocupou cargos no governo, como o de ministro da Casa Civil. Por isso, muitos já se dirigiam a ele sem citar a patente.

Já Mourão não falou diretamente sobre a orientação feita por sua campanha a respeito da omissão da patente. O vice, que concorre a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul, se limitou a dizer que “na sua visão de militar, não gosta de misturar o posto com o papel de político”. Em 2018, no entanto, o nome que apareceu nas urnas como vice de Bolsonaro foi “general Mourão”.

O Estatuto Militar veda que integrantes das Forças Armadas façam o uso de designações hierárquicas em suas atividades político-partidárias. Na prática, porém, muitos ignoram a orientação.

O Globo