Campanhas de Lula e Bolsonaro concordam sobre pesquisas

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Foto: Arte O Globo

Integrantes da campanha de Lula e Bolsonaro têm apresentado o mesmo prognóstico sobre os efeitos que o debate da Band e as entrevistas ao Jornal Nacional devem ter nas próximas pesquisas. A avaliação de ambos é que os impactos ainda não devem ser sentidos nesta semana. Nesta noite, será divulgada a pesquisa eleitoral do Ipec. Amanhã, há divulgação da pesquisa da CNT e na quinta do Datafolha.

Um dos fatos que preocupam a equipe de Lula é que as pesquisas internas têm mostrado estabilidade na taxa de intenções de voto do petista e uma tendência leve de crescimento de Bolsonaro. Esse também foi o resultado do último Datafolha, com Lula 15% à frente do presidente. Após o bom desempenho de Lula no Jornal Nacional, sua campanha ficou otimista sobre a possibilidade do programa impactar os indecisos, mas não de imediato.

O desempenho menos satisfatório do ex-presidente no debate de domingo, especialmente em relação ao tema da corrupção, fez com que os petistas calibrassem as expectativas. Hoje, a avaliação é que a intenção de votos entre indecisos em relação a Lula deve ter pouca alteração. Nos dois programas, Lula tentou se contrapor à figura de Bolsonaro, colocando-se como pacificador e capaz de construir pontes. No debate, entretanto, essa postura gerou críticas entre os próprios aliados, que viram o ex-presidente com certa “apatia”.

Na campanha de Bolsonaro, apesar do costumeiro barulho nas redes sociais, as expectativas sobre as pesquisas também não são altas. Integrantes da equipe relataram que estão de olho, especialmente, nos índices de rejeição do presidente.

A avaliação dos auxiliares de Bolsonaro é que ele teria sido bem sucedido na tentativa de colar a pecha da corrupção em Lula, mas perdeu com os ataques gratuitos à jornalista Vera Magalhães e à candidata Simone Tebet, ao ser questionado sobre vacinação. Há a expectativa na equipe de Bolsonaro que mais do que as repercussões na TV, ela capte o reflexo do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600.

O Globo