Copa do Mundo une bolsonaristas e oposicionistas

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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A maioria da população diz acreditar que a seleção brasileira conquistará o sexto título na Copa do Mundo a ser disputada no Catar em novembro e dezembro. São 54% os que afirmam confiar no hexa, de acordo com pesquisa do Datafolha.

O percentual dos que estão otimistas com a seleção é maior hoje do que o observado antes da Copa do Mundo de 2018, disputada na Rússia. Na ocasião, 48% diziam apostar em título brasileiro — a seleção acabou eliminada nas quartas de final, com derrota por 2 a 1 para a Bélgica.

A mais recente pesquisa do Datafolha mostra que a confiança no hexa é compartilhada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apostam em vitória brasileira 53% dos que declaram voto em Bolsonaro e 58% dos que endossam o petista no primeiro turno das eleições.

A série histórica do Datafolha mostra que a confiança dos torcedores brasileiros desceu ao patamar mais baixo nessas duas edições da Copa do Mundo, ambas com o técnico Tite à frente da seleção.

A queda no otimismo remonta não diretamente ao trabalho do treinador gaúcho (que tem um título conquistado e só 5 derrotas em 6 anos de seleção), mas ao desfecho da Copa de 2014: eliminação com derrota por 7 a 1 para a Alemanha. Antes do início daquele torneio, eram 68% os que acreditavam em triunfo dos então comandados por Luiz Felipe Scolari.

Desde 2002 o percentual de torcedores otimistas com a conquista da Copa pela seleção verde-amarela sempre havia ficado acima da casa dos 60%, patamar que não voltou a se repetir depois da goleada sofrida para os alemães no estádio do Mineirão.

Os jovens de 16 a 24 anos são os mais confiantes no hexa: 63% acreditam em título brasileiro no Catar. O grupo que numericamente menos aponta o Brasil como provável campeão é o da faixa de 35 a 44 anos (50%).

As seleções que mais foram citadas como prováveis vencedoras do torneio no Catar por aqueles que não apostam no Brasil foram França e Alemanha — justamente as duas últimas campeãs mundiais.

O Datafolha entrevistou 2.556 eleitores em 183 municípios, de todas as regiões do país, de 27 a 28 de julho. A margem de erro geral da pesquisa é de dois pontos percentuais, mas difere para grupos por faixa etária e afinidade eleitoral, já que as amostras têm tamanhos desiguais. O nível de confiança do estudo é de 95%.

O Globo