Deltan vai apelar ao STF para não indenizar Lula por Powerpoint criminoso

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Foto: Agência Estado/Geraldo Bubniak

O ex-chefe da Força Tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou à CNN que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra decisão que impôs a ele o pagamento de R$ 75 mil ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por danos morais. A decisão questionada é do Superior Tribunal de Justiça e o valor da indenização pode chegar a R$ 100 mil, após correção monetária.

À CNN, Dallagnol afirmou que a cobrança é “aberrante”.

O STJ viu excessos no comportamento de Dallagnol durante entrevista coletiva em 2016, da Força Tarefa da Lava Jato, quando o ex-procurador deu explicações e utilizou um “PowerPoint” para apresentar a primeira denúncia contra o ex-presidente Lula. Caberá a uma das turmas do STF analisar o recurso.

“Vai ser como jogar moeda para cima. Se cair na 1ª turma do STF, tenho chances. Mas se cair na 2ª turma, nas mãos de Lewandowski, Gilmar, há mais chances de perder”.

O ex-procurador argumenta que a União deveria ter sido processada e não ele, porque na época da entrevista Deltan atuava como agente público.

O ex-procurador também apontou que vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União que o condenou a ressarcir os cofres públicos pelo pagamento de diárias, passagens e gratificações. O TCU apontou que o grupo de investigadores da Lava Jato adotava modelo antieconômico para trabalhar.

Para Dallagnol, no entanto, faltou ao TCU comprovar que haveria modelo mais em conta de trabalho. Ele também considera que não era responsável pelos recursos porque não atuava como um ordenador de despesas da Força Tarefa.

Dallagnol explicou que irá recorrer primeiramente na própria 2ª Câmara do TCU que o condenou, mas avalia que há “baixas expectativas” de prosperar. Em seguida, a estratégia é recorrer ao plenário do tribunal e, depois, ao Poder Judiciário, sendo que a ação terá início na primeira instância. “Eu confio mais em um juiz de primeira instância”, afirmou em críticas a ministros dos tribunais superiores.

CNN Brasil