Eleitorado de Ciro quer que ele apoie Lula

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Só 13% dos eleitores declaram ter a intenção de votar para presidente em um candidato que não seja Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL), hoje os dois líderes da corrida eleitoral. A nova rodada da série Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira perguntou a esses eleitores quem eles acham que seu candidato deve apoiar em um eventual segundo turno entre o petista e o candidato à reeleição.

Praticamente metade (48%) dos apoiadores de Ciro Gomes (PDT) diz que o ex-governador do Ceará deve apoiar Lula, de quem foi ministro. Outros 20% dos “ciristas” preferem que o candidato apoie Bolsonaro, enquanto 25% acham que ele deve optar pela neutralidade. O pedetista tem 8% das intenções totais de voto no primeiro turno, agora dois pontos percentuais acima do patamar de duas semanas atrás.

No último domingo, durante debate entre os presidenciáveis, Ciro foi perguntado sobre eventual apoio a Lula, mas não firmou compromisso. O petista demonstrou simpatia pela ideia: disse que quer “sentar para conversar” com o ex-ministro.

Lula também ironizou o fato de Ciro ter viajado a Paris depois do primeiro turno da eleição de 2018. Na ocasião, a viagem frustrou as expectativas da campanha de Fernando Haddad (PT), que esperava uma declaração de apoio do pedetista na disputa contra Bolsonaro.

A nova pesquisa da Quaest mostra que, entre os 3% que declaram voto em Simone Tebet (MDB), 44% acham que a senadora não deve apoiar nenhum candidato caso haja segundo turno sem a sua participação. Já 32% querem que a emedebista endosse a candidatura de Lula, e 16% acham que é Bolsonaro quem deve receber o apoio de Tebet.

Entre os eleitores que declaram voto em outro candidato no primeiro turno (cerca de 2% do eleitorado, segundo a Quaest), quase metade (45%) acha que seu candidato deve apoiar Bolsonaro em uma disputa direta com Lula. São 26% os que defendem o oposto.

A pesquisa da Quaest foi contratada pelo banco Genial. Foram feitas entrevistas presenciais feitas de 25 a 28 de agosto com 2.000 eleitores. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos, para um intervalo de confiança de 95%. O estudo foi registrado no TSE com o número BR-00585/2022

Globo