Enquanto o Brasil patina, resto do mundo bomba
A criação de postos de trabalho nos Estados Unidos está em ritmo acelerado e, somada a uma taxa de desemprego baixa, continua a pressionar os salários e, consequentemente, a inflação americana. É o se conclui com os os dados divulgados na manhã desta terça-feira, 30, da Pesquisa de Vagas e Rotatividade de Trabalho do Departamento do Trabalho (JOLTS, na sigla em inglês). Em julho, 11,239 milhões de vagas de trabalho estavam disponíveis, muito acima da expectativa de 10,475 milhões dos economistas da Bloomberg.
Os dados apontam para um crescimento em relação a junho, quando 11,04 milhões de vagas estavam disponíveis. A divulgação dá pistas sobre o Payroll, pesquisa mensal sobre o índice de empregabilidade nos Estados Unidos que é olhado de perto pelo mercado financeiro. A expectativa é que, em agosto, 300 mil novas vagas de emprego tenham sido criadas, e que a taxa de desemprego do país se mantenha no mesmo nível de julho, de 3,5%, próximo ao índice pré-pandemia.
A confiança do consumidor divulgada pelo Conference Board, por sua vez, também divulgada nesta manhã, apontou para uma alta forte em relação ao mês anterior, o primeiro crescimento em quatro meses. O índice veio em 103.2, ante 95.3 no mês anterior. A estimativa dos economistas da Bloomberg era de 97.9.
Juros americanos Os dados sobre a economia americana são fundamentais para sinalizar os rumos da política monetária no país. Na última sexta-feira, no tradicional simpósio de Jackson Hole, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que o órgão continuará utilizando todos os seus instrumentos para conter a inflação americana, porém os indicadores econômicos se mantêm no radar para balizar esta aplicação. A expectativa é que na próxima decisão do Fed o juros subirá entre 0,5% e 0,75%, para até 3,25% ao ano.
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