Patrimônio de Lula encolheu desde 2018

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou ter um patrimônio de R$ 7, 4 milhões no registro de sua candidatura ao Planalto no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), neste sábado (6).

O valor é inferior ao declarado por Lula em 2018, quando afirmou ter R$ 8 milhões —na época, ele teve a candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa e foi substituído por Fernando Haddad (PT). A quantia atualizada pela inflação chega a R$ 10,2 milhões pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Em seu maior bem declarado este ano, o petista disse à Justiça Eleitoral ter R$ 5,5 milhões em aplicação de um modelo de previdência privada, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A aplicação também era o seu maior bem informado em 2018.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em evento na CNT (Confederação Nacional do Transporte) – Gabriela Biló – 28.jul.2022/Folhapress
Lula afirmou ainda possuir três terrenos, de R$ 265 mil, R$ 130 mil e R$ 2,7 mil. Informou também dois veículos, de R$ 48 mil e R$ 85 mil, e três apartamentos: um de R$ 94 mil e dois de R$ 19 mil.

O ex-presidente listou R$ 179 mil e R$ 250 mil em “outros bens e direitos”, um depósito bancário em conta corrente no país de R$ 18 mil e dois créditos decorrentes de empréstimo de R$ 200 mil e R$ 50 mil. Além disso, relatou uma aplicação de renda fixa de R$ 185 mil e uma construção de R$ 246 mil.

Já Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa de Lula, declarou ter R$ 1 milhão em bens. Entre eles, foram listados um apartamento de R$ 323 mil, uma casa de R$ 52 mil, investimentos de R$ 172 mil e R$ 314 mil e dois terrenos, de R$ 110 mil e R$ 30 mil.

Na campanha à Presidência da República de 2018, quando foi cabeça de chapa, Alckmin declarou ser dono de um patrimônio de cerca de R$ 1,4 milhão, aproximadamente R$ 1,7 milhão em valores atuais.

O TSE restringiu neste ano a divulgação de informações sobre os bens dos candidatos. Agora, apenas dados genéricos sobre o patrimônio ficam disponíveis no sistema oficial, o que impede saber a localização de imóveis e modelos de veículos, por exemplo.

A medida, que tem como base a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e também ocultou os dados relativos às eleições anteriores, é apontada por especialistas como um grave retrocesso na transparência eleitoral.

Os dados de pedido de registro de candidaturas são divulgados a qualquer cidadão no site Divulgacand, da Justiça Eleitoral.

Folha