Semana tem pesquisas Quaest em SP e MG

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Foto: Cristiano Mariz

A segunda semana de agosto trará novidades sobre a corrida eleitoral para Presidência, governo estadual e Senado em São Paulo e Minas Gerais. São os dois maiores colégios estaduais do país, fundamentais para a definição da disputa presidencial.

As campanhas dos pré-candidatos ganham forma conforme se aproxima o fim do prazo para os partidos políticos registrarem seus candidatos (até o dia 15). Os dados de pesquisas neste período podem influenciar na formação de alianças e definição de chapas.

O instituto de pesquisas Quaest, contratado pelo banco Genial, vai divulgar nesta quinta-feira os dados de pesquisa para o governo de São Paulo, bem como os favoritos na disputa ao Senado e à Presidência entre os eleitores paulistas.

Na última pesquisa da Quaest no estado, foram ouvidos 1.640 eleitores de 16 a 24 anos em entrevistas presenciais.

No início de julho, a Quaest registrou 35% de intenções de voto no pré-candidato Fernando Haddad (PT) no cenário sem Márcio França (PSB) — que decidiu apoiar o petista. O ex-prefeito da capital paulista era seguido naquele momento pelo ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 14%, e pelo atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que tinha 12%. Os dois estavam em situação de empate técnico.

A corrida eleitoral em São Paulo, segundo a Genial/Quaest — Foto: Arte / O Globo

A sexta-feira será dia de conhecer o quadro atual da corrida eleitoral mineira. A Quaest levantará, no mesmo molde da pesquisa em São Paulo, o percentual de intenção de votos nos candidatos ao governo, ao Senado e a presidente.

Assim como o de São Paulo, o levantamento não estava cadastrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o fim da semana passada. Na sondagem anterior, em julho, foram entrevistados presencialmente 1.480 eleitores de 16 a 24 anos no estado.

O estudo de julho mostrou o pré-candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), liderando a disputa ao governo mineiro com 44% das intenções de votos. O segundo lugar é de Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte, que soma 26% da preferência dos eleitores do estado.

À medida que se aproxima a eleição, são esperadas ainda para este mês sondagens nacionais mais constantes das empresas de pesquisa, principalmente Ipec e Datafolha, que devem fazer levantamentos com maior frequência a partir da segunda quinzena.

O Ipespe deve lançar nova sondagem nacional no fim do mês. A última semana de agosto também deve ter nova pesquisa presidencial do instituto Ideia. A divulgação está prevista para 24 ou 25 de agosto.

O Ideia definirá ainda as datas para a publicação de levantamentos contratados pela revista “Exame” para disputas estaduais. Em agosto e setembro estão previstas uma edição por mês em Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

A semana encerrada no sábado teve a divulgação de duas sondagens sobre as eleições de outubro: uma nacional e outra concentrada entre os votantes no Ceará. Leia abaixo os principais resultados.

Na primeira semana de agosto a Quaest divulgou dados de pesquisa nacional contratada pelo banco Genial. O estudo trouxe notícias positivas para a campanha do pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança da corrida presidencial, com 44% das intenções de voto no primeiro turno. Mas a distância para Bolsonaro, escolhido por 32%, caiu de 14 pontos percentuais na pesquisa anterior para 12. Era de 16 pontos em junho e 17 em maio.

Pesquisa Quaest — Foto: Editoria de arte

O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, oscilou de 6% para 5%. Simone Tebet (MDB) teve 2%, o mesmo percentual de André Janones (Avante) — o deputado depois viria a anunciar, na quinta-feira (4), a desistência de sua pré-candidatura e a decisão de apoiar Lula. Pablo Marçal (Pros) marcou 1% no levantamento, e os outros pré-candidatos não pontuaram.

O cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro medido pela Quaest mostra o petista ainda na frente, mas com oscilação negativa de dois pontos (de 53% para 51%). Já o atual chefe do Executivo cresceu acima da margem de erro: foi de 34% para 37%. Outros 9% dos entrevistados disseram que anulariam seus votos ou deixariam de comparecer num segundo turno entre Bolsonaro e Lula, e 3% se disseram indecisos.

A pesquisa também mostrou que a rejeição a Bolsonaro baixou ao menor nível desde setembro de 2021, com 55% dizendo que não votariam de jeito nenhum pela reeleição do presidente. No estudo anterior eram 59% os que faziam essa afirmação.

A rejeição a Lula teve oscilação para cima na comparação com o início de julho. Passou de 41% para 44% o percentual dos eleitores que rechaçam votar no ex-presidente.

Rejeição — Foto: Editoria de arte

O levantamento mostrou ainda que a proporção de eleitores que avaliam negativamente o governo Bolsonaro foi de 47% para 43%, com melhora entre os jovens (de 16 a 24 anos), os moradores do Nordeste e os eleitores que recebem o Auxílio Brasil.

O avanço de Bolsonaro nesses dois últimos grupos sugere efeito de medidas como o aumento no valor pago aos beneficiários do programa e da quantia paga aos que recebem o Auxílio Gás, escreve Vera Magalhães.

Avaliação de governo — Foto: Editoria de arte

O instituto fez 2.000 entrevistas presenciais com eleitores de 16 anos ou mais, entre 28 e 31 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%. O levantamento está registrado no TSE com o número BR-02546/2022.

Pesquisa do Ipespe contratada e divulgada pelo jornal “O Povo” mostrou o atual cenário na disputa pelo governo do Ceará.

O pré-candidato apoiado por Bolsonaro, deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), aparece na frente, com 38% das intenções de votos. Na sequência aparecem o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), que tem 28%, e o deputado estadual Elmano de Freitas (PT), que tem a preferência de 13% dos eleitores cearenses.

A corrida pelo governo do Ceará — Foto: Editoria de arte

Essa foi a primeira pesquisa realizada pelo Ipespe no Ceará desde que o PDT do pré-candidato a presidente Ciro Gomes rompeu aliança local com o PT. A candidatura de Roberto Cláudio contraria os interesses dos petistas, que esperavam a governadora Izolda Cela como nome do PDT na eleição. Izolda era vice de Camilo Santana (PT), que deixou o cargo de governador para concorrer ao Senado.

A sondagem entre os eleitores cearenses também indicou haver preferência à candidatura de Lula no estado. O petista é escolhido por 55% no primeiro turno, contra 20% de Jair Bolsonaro (PL) e 11% de Ciro Gomes (PDT).

O Ipespe entrevistou mil eleitores por telefone no estado do Ceará entre 30 de julho e 2 de agosto. A margem de erro estimada é de 3 pontos percentuais para mais ou menos e o nível de confiança do estudo é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número de registro CE-01693/2022.

O Globo