TSE aumenta prazo para militares auditarem urnas

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Foto: Divulgação TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não deve se opor ao novo pedido enviado pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, para que as Forças Armadas tenham mais uma semana de prazo para a inspeção dos códigos-fonte das urnas.

Na quarta-feira, o ministro encaminhou um ofício à corte solicitando que o período seja prorrogado até o dia 19 de agosto e indicando outros nove nomes para atuar, de maneira temporária, no processo de auditoria. Os militares estão no TSE desde o dia 3 de agosto. A princípio o grupo terminaria os trabalhos hoje.

Segundo uma fonte do tribunal, a demanda já está sob análise da área técnica, mas não deve haver empecilhos, porque as entidades fiscalizadoras do processo eleitoral podem realizar esse trabalho até a lacração das urnas, prevista para a última semana de agosto.

Apesar de terem começado a inspecionar os sistemas somente na semana passada, o TSE disponibilizou, desde outubro do ano passado, um espaço físico para receber partidos políticos e entidades interessadas em atuar no processo.

Desde então, passaram por lá entidades como a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de técnicos do Senado. No dia 22 de agosto, será a vez da Polícia Federal (PF) começar o processo de inspeção nos códigos-fonte.

O novo pedido do Ministério da Defesa foi enviado após o presidente do TSE, Edson Fachin, decidir excluir, na segunda-feira, um dos integrantes da equipe das Forças Armadas após vir à tona que ele divulgou “fake news” sobre o sistema eleitoral nas redes sociais.

Na quarta-feira, o Exército criticou a decisão do TSE por ter descredenciado, “de forma unilateral”, o coronel Ricardo Sant’Ana do grupo. Também afirmou que não indicaria substituto para ele.

“Baseado em ‘apuração da imprensa’ e de forma unilateral, sem qualquer pedido de esclarecimento ou consulta ao Ministério da Defesa ou ao Exército Brasileiro, o TSE ‘descredenciou’ o militar. Dessa forma, o Exército não indicará substituto e continuará apoiando tecnicamente o MD nos trabalhos julgados pertinentes”, disse o Centro de Comunicação Social do Exército (CeComSEx).

O tom da nota foi discutido entre o ministro da Defesa e o comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes.

Valor Econômico