Bolsonaro acha uma arma secreta: Paulo Guedes

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Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

A equipe da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, nos últimos dias, que devem ser usadas no programa eleitoral do presidente nesta reta final da campanha.

Nessa declarações, o ministro defende a atuação do governo na economia nos últimos anos, ressalta o socorro aos mais vulneráveis durante a pandemia de Covid-19 com o auxílio emergencial e defende que o Brasil se saiu melhor da crise que outros países.

Integrantes do governo e assessores de Bolsonaro têm exaltado, nas últimas semanas, dados do Brasil na comparação com outros países — como inflação, crescimento e geração de empregos — numa tentativa de rebater sobre o desempenho do governo na economia e com o objetivo de angariar apoio ao presidente em reeleição.

A imagem de Guedes foi explorada pelo programa eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que mostrou um trecho da declaração do ministro durante reunião ministerial de 2020 sobre reajuste para servidores públicos.

Nos últimos dias, o ministro intensificou encontros com empresários e entrevistas sobre a atuação do governo, para ampliar sua participação na campanha. Nesta terça-feira, ele participou por mais de quatro horas do podcast Flow.

Ao iniciar sua participação no programa, vestido com camisa e colete, sem paletó nem gravata, disse que estava ali “como cidadão”, não como ministro.

— É o brasileiro Paulo Guedes, não é o ministro não. Estou fora do expediente. Estou tranquilo, posso falar um monte de coisas, mesmo assim não posso falar muito — disse.

No programa, ele falou de temas como PIB, teto de gastos, orçamento e auxílio emergencial e Auxílio Brasil. O ministro destacou o crescimento da economia brasileira, especialmente ao comparar com outros países.

— Vai ser a primeira vez em 42 anos que o Brasil vai crescer mais do que a China — afirmou — Estamos crescendo mais do que eles, estamos com a inflação mais baixa do que eles — disse.

Essa deflação citada pelo ministro é decorrente da redução de impostos promovida pelo governo sobre combustíveis e energia elétrica e está concentrada nesses segmentos, não atingindo ainda produtos como alimentação.

O Globo