Ipec: Bolsonaro sobre entre ricos e Lula entre pobres

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Foto: Arte

A pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira mostrou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua consolidando a vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os eleitores que têm renda familiar de até um salário mínimo por mês. Nesse segmento, o petista passou de 55% para 58% desde o último levantamento, de 9 de setembro, enquanto o atual chefe do Executivo foi de 24% para 20% — a diferença entre os dois, portanto, variou em sete pontos percentuais.

Fenômeno similar, mas inverso, aconteceu entre os mais ricos ouvidos pela pesquisa, com renda superior a cinco salários mensais. Nessa faixa, Bolsonaro aparece com 47% (antes tinha 43%), e Lula, que somava 35%, agora está com 32%. Ou seja, o presidente viu sua vantagem se movimentar nos mesmos sete pontos percentuais que a de Lula na renda mais baixa.

Vale frisar, porém, que as margens de erro dos dois segmentos são diferentes entre si e maiores do que a da pesquisa como um todo, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No último levantamento do Ipec, por exemplo, era de quatro pontos para a renda mais baixa, e de seis pontos para os mais ricos, que correspondem a uma fatia menor dos entrevistados.

Na pesquisa divulgada nesta segunda-feira, as faixas de renda intermediárias apresentaram maior estabilidade. No grupo com renda familiar de um a dois salários mínimos, Lula oscilou de 49% para 51%, e Bolsonaro foi de 28% a 27%. A movimentação entre os que ganham de dois a cinco salários foi similar: o petista avançou um ponto (40% para 41%), e o presidente recuou dois (38% para 36%).

Outro dado de ordem econômica que permaneceu quase inalterado foi o referente aos eleitores que recebem algum tipo de benefício do governo federal. Lula manteve os mesmos 55% de preferência neste grupo, enquanto Bolsonaro oscilou um ponto para baixo, aparecendo com 25%.

Os números gerais da nova pesquisa Ipec trouxeram, a duas semanas das eleições, o ex-presidente com 47% das intenções de voto, um ponto a mais do que o registrado há uma semana. Segundo colocado, o atual chefe do Executivo marcou os mesmos 31% do levantamento anterior.

A oscilação de Lula pela segunda vez seguida, após um período de estagnação em 44% entre agosto e o início de setembro, deve reforçar o investimento da campanha petista na conquista do voto útil na reta final. Considerando apenas os votos válidos (sem brancos, nulos e indecisos), Lula teria 52% do total, se a eleição fosse hoje, segundo o Ipec, podendo alcançar de 54% a 50%, pela margem de erro de dois pontos percentuais.

O Ipec ouviu 3.008 eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 17 e 18 de setembro. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00073/2022. Esta é a quinta rodada da série de pesquisas contratada pela TV Globo, iniciada na metade de agosto.

O Globo