MPF ganha apoio ao questionar militares sobre 7/9

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Foto: Danilo Verpa – 7.set.18/Folhapress

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns enviou na segunda-feira (5) uma nota manifestando apoio ao Ministério Público Federal (MPF) por questionar quais medidas serão tomadas pelas Forças Armadas durante os desfiles deste 7 de Setembro na capital fluminense.

Em ofícios ao Comando Militar do Leste, ao Comando do Primeiro Distrito Naval e ao Terceiro Comando Aéreo Regional, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro, vinculada ao MPF, discorreu sobre o temor de que as celebrações do Bicentenário da Independência e até mesmo militares sejam cooptados por manifestações político-partidárias.

Em carta, a Comissão Arns diz prestigiar a iniciativa da procuradoria em zelar para que os festejos cívicos “não se degradem em atos de campanha eleitoral” com finalidade eleitoreira.

“As comemorações programadas para o próximo dia Sete de Setembro precisam transcorrer dentro da lei, de forma republicana e impessoal. Trata-se de momento significativo para todos, e não de mera oportunidade política para alguns”, afirma a entidade.

Assinado pelo presidente da Comissão Arns, o ex-ministro José Carlos Dias, o documento diz que a entidade acompanhará os eventos do 7 de Setembro e manterá contato com autoridades públicas.

“Elas [as instituições] servem à Constituição que organiza politicamente o Estado brasileiro em República democrática respeitadora dos direitos fundamentais, e não a interesses pessoais subalternos e circunstanciais”, afirma a carta.

Como mostrou a Folha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) promoverá na quarta-feira (7) uma inédita fusão de ato de campanha eleitoral e celebração cívico-militar do 7 de Setembro, turbinado por ocasião do Bicentenário da Independência.

Além do evento em Brasília, de natureza mais institucional, o presidente forçou a realização de um ato na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, em que irá se apresentar à frente de navios da Marinha em parada, militares do Exército e aviadores da Esquadrilha da Fumaça.

Folha